Política

Votação de ação eleitoral contra deputado é adiada novamente

Suplente tenta cassar diploma do deputado estadual eleito, acusado de comprar votos por meio de cheques individuais de R$ 100,00

O pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) adiou novamente, nesta terça-feira, 10, a votação da ação ajuizada pelo suplente do deputado Masamy Eda (PMDB) com o objetivo de cassar o diploma do parlamentar. Por enquanto, a relatora da ação, Elaine Bianchi, votou pela procedência do caso e a juíza Eleitoral Rosane Ignácio votou pela extinção. O juiz Jean Michetti pediu vistas do processo.

A acusação feita pelo Ministério Público afirma que Masamy Eda, na antevéspera das eleições de 2014, emitiu cheques no valor unitário de R$ 100,00 sob a alegação de pagamento de serviço de divulgação de campanha, mas que eles vinham com santinho do candidato. Um depoimento em vídeo de um dos envolvidos no recebimento dos cheques teria sido gravado pela Justiça durante o procedimento investigatório. O denunciante afirma que ele e mais 25 pessoas receberam os cheques em troca de votos.

OUTRO LADO – Procurado pela Folha, o advogado Emerson Delgado, que defende Masamy Eda, informou que seu cliente “está tranquilo” e acredita que o parlamentar será inocentado. Disse que o rapaz que aparece no vídeo, na denúncia feita ao Ministério Público, negou logo após, em juízo, a denúncia e disse que recebeu R$ 100 mil para falar de Masamy.

“Depois da audiência, ele registrou boletim de ocorrência por ameaça contra quem o contratou para prestar falso depoimento. Eles têm força de prova dentro do contexto revelado, mas compõem um arcabouço contraditório, pois em momento algum houve ato ilícito praticado por Masamy. Todo mundo que fala sobre irregularidade não acusa o parlamentar. O suplente interessado está envolvido em compra de testemunhas para tentar cassar o mandato do deputado, mas a eleição foi realmente resultado da escolha popular”, frisou.

O deputado Masamy Eda disse à Folha que o próprio suplente foi preso no dia da eleição por suposta contra de votos. “As provas contra mim foram encomendadas. O TRE tem pessoas comprometidas que vão ler o teor do processo e vão fazer o juízo do que realmente está ali. Sou inocente. Falso testemunho dá cadeia e até agora não entendo as razões dessa testemunha, que deu depoimento falso, não estar presa. Sou inocente e tenho fé na Justiça”, frisou o parlamentar