A rebelião ocorrida na tarde de ontem, 16, na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), localizado na zona Rural da capital, repercutiu nos principais sites de notícias do país. Alguns veículos deram ênfase na quantidade de mortos e no desespero dos familiares.
Até o momento, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) confirmou que 12 presos foram mortos no confronto entre facções rivais que disputam o poder da maior unidade prisional do Estado, mas esse número pode chegar a 25.
Uma entrevista coletiva foi confirmada para às 09 horas desta segunda-feira, 17, na sede da Secretaria, no bairro São Vicente, na zona Sul. Além da Sejuc, deverão participar do encontro a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) e a direção da Pamc.
ENTENDA O CASO
O motim que resultou em um dos piores episódios do sistema prisional do Estado ocorreu no período da tarde, durante o horário de visitas dos presos. Segundo a Sejuc, detentos da ala 14 quebraram os cadeados da ala e invadiram a ala 12. Houve ainda a tentativa de invasão da carceragem do presídio, mas os presos foram repelidos.
No confronto entre os detentos, pelo menos sete corpos foram empilhados e queimados, o que acabou dificultando o trabalho da perícia para a identificação dos presos. Outros três detentos foram decapitados.
Ainda segundo a secretaria, cerca de 50 familiares que estavam no presídio no momento da confusão foram feitos reféns, mas após negociação, foram liberados, sem ferimentos. Pelo menos 80 militares do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), estiveram no presídio.