Há mais de três décadas, a Folha de Boa Vista trabalha a serviço da sociedade roraimense divulgando notícias com ética, responsabilidade e credibilidade. O jornal se tornou a voz e os olhos do povo nesses 33 anos de história, contribuindo para o desenvolvimento social do Estado.
Para a diretora-geral do Grupo Folha, Paula Cruz, o maior desafio atual para qualquer veículo de comunicação é saber como satisfazer o novo consumidor de notícia. “Hoje o leitor não é mais apenas leitor, ele fornece notícia também. Hoje todo mundo passa informação e, infelizmente, isso vem prejudicando muito o mercado”, disse.
Conforme ela, qualquer um pode passar a informação, mas somente os profissionais sabem como dar a notícia. “Hoje qualquer pessoa monta um blog ou perfil falso em redes sociais e vomita informações sem checá-las, denegrindo a imagem de pessoas, sem responsabilidade com a qualidade da informação”, analisou.
O apego dos leitores a esse tipo de informação, segundo ela, tem tornado a sociedade desinformada. “Infelizmente, a população tem se apegado a essas notícias.
As pessoas leem no afã de manterem-se informadas e acabam se apegando a esses pseudojornalistas. Isso tem tornado a sociedade desinformada no boom de meios de comunicação”, afirmou.
Para Paula Cruz, a falta de leis favorece as mídias informais. “O problema é a falta de uma legislação específica para punir provedores e pessoas que fazem uso de perfis falsos, ou mesmo dos verdadeiros, por meio de denúncias infundadas. As pessoas se valem disso porque não há como serem processadas. O grande desafio é saber como ser ágil na produção da notícia, sem perder a qualidade, mantendo os mesmos padrões de responsabilidade e compromisso com a informação”, frisou.
Paralelo a esse problema, a diretora-geral destacou que o Grupo Folha vem trabalhando para avançar na convergência das mídias. “Hoje nós temos a Rádio Folha, a Folha impressa e a FolhaWeb. Estamos trabalhando para essa convergência, que é um processo natural, mas trabalhoso por conta da mentalidade dos dirigentes e profissionais que atuam nesses veículos e não entendem a importância da conversão. Hoje eu vejo como grande desafio da Folha manter a sua tradição do furo de reportagem, do jornalismo investigativo, do pioneirismo numa era totalmente digital em que as coisas acontecem muito rápido”, frisou. (L.G.C)