Polícia

Mais de 200 pessoas foram vítimas de estelionatários em Roraima

Conforme a Polícia Civil, o esquema teria gerado um prejuízo de cerca de R$ 1 milhão

Na tarde desta terça-feira, 25, a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Drcasp), deu novos detalhes da operação Morpheu, que desarticulou quadrilha que atuava em fraudes no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

A coletiva, realizada na sede da Delegacia Geral da Polícia Civil, localizada na Cidade da Polícia, bairro Canarinho, zona Leste da capital, contou ainda com a presença da delegada Geral a entidade, Edinéia Santos Chagas.

Conforme a responsável pela Drcasp, delegada Magnólia Soares, mais de 200 pessoas teriam sido lesadas pelo esquema, que foi iniciado em 2015. Estima-se que os prejuízos giram em torno de R$ 1 milhão.

“O inquérito foi instaurado em junho deste ano e as investigações apontaram essa quadrilha marcava reuniões com essas pessoas, que tinham o sonho da casa própria. Nesses encontros, eles cobravam entre R$ 1.500 a R$ 2 mil, isso dependendo do bairro onde essas residências estavam localizadas. No entanto, eles chegavam a cobrar até R$ 10 mil”, contou.

Ao todo, seis mandados de busca e apreensão e quatro prisões temporárias foram executados na ação, sendo confirmadas três delas em desfavor de Betânia Maria Martins da Silva, considerada líder do grupo, Janice dos Passos e João Pinheiro, vulgo “Apóstolo”. Além disso, as investigações apontaram a participação de Everane Benício de Souza, presa no mês passado por roubo a residências.

“Não obtivemos muitas materiais porque as duas eram muito minunciosas. Eles se apresentavam bem vestidos, com uma boa conversa, uma delas [Everane] se posicionava como funcionária da Caixa Econômica, isso dava uma maior lisura nos procedimentos delas, as pessoas passavam a acreditar nelas, a dona Betânia se dizia funcionária da Setrabes e que tinha todo apoio do Governo do Estado e isso fez com que as pessoas acreditassem que iriam receber essas casas. Como elas sabiam que não poderiam deixar uma prova na mão dessas pessoas, nenhum recibo era dado, elas utilizavam papéis com timbres oficiais dessas instituições e isso dava a sensação de que era algo honesto”, relatou a delegada.

A delegada disse ainda que, a princípio, oito pessoas estariam sendo investigados pela operação, no entanto, o número de envolvidos nos golpes pode ser ainda maior. Os presos na ação ficarão a disposição da Justiça.  

Matéria completa na Folha Impressa dessa quarta-feira, 26. Com informações do repórter João Barros.