Polícia

Presos de facção criminosa serão transferidos hoje para o Nordeste

Solicitado há mais de 60 dias pela Sejuc, pedido de transferência dos líderes de facção foi aceito no início desta semana

Por decisão da Justiça Federal, sete detentos considerados líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que causou um conflito na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (Pamc) e provocou a morte de outros 10 presos, no dia 16, serão transferidos na manhã de hoje num avião da Polícia Federal para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

A transferência ocorreu após a Justiça Federal acatar um pedido feito pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) de Roraima, que tramitava há mais de 60 dias. Contudo, após as mortes na Pamc, a Justiça acatou o pedido de transferência em caráter de urgência, determinado pelo juiz auxiliar da Vara de Execução Penal, Marcelo Oliveira, e publicado no Diário da Justiça Eletrônico desta quarta-feira (26).

Serão transferidos os seguintes presos: Evaldo Lira de Almeida, conhecido como “Medalha”; Francisco Valente Mesquita, o “Poroca”; Francivaldo dos Santos Calazans, vulgo “Toby”; Herculano dos Santos Souza, conhecido como “Cabeção” ou “Samuel”; Ramon Michel dos Santos Barros, o “Parazão”; Wilson da Silva Lopes, vulgo “Zé do Rádio”; e Richardson Santos de Souza, conhecido como “Visconde”.

De acordo com fontes da Folha, no pedido enviado pela Sejuc, no mês de agosto deste ano, também constavam os presos Waldeneys de Alencar Souza, vulgo “Vida Loka”, e Leno Rocha de Castro o “Red Bull”, mas eles foram mortos no conflito do dia 16 deste mês. Inicialmente, os sete detentos do sistema prisional de Roraima devem ficar por 365 dias, prazo que pode ser renovável mesmo período.

Presos da Operação Cartas Marcadas serão transferidos a pedido do Gaeco

Quatro envolvidos no esquema conhecido como “Cartas Marcadas”, que investiga supostos desvios em licitações na Assembleia Legislativa de Roraima, também serão transferidos para o presídio federal de Mossoró (RN), junto com os demais presos.

A transferência para um presídio federal foi solicitada à Justiça Federal pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR). Conforme a justificativa, os quatro presos, todos homens, teriam envolvimento direto e efetivo em funções de liderança, classificada pelo MP como “Organização Criminosa denominada  Cartas Marcadas” e estariam sendo ameaçados dentro do presídio.

O Gaeco informou à Justiça que eles se encontram em situação de risco se permanecerem custodiados em estabelecimento prisional do estado.  A Justiça Federal concedeu o ingresso cautelar e decidiu transferir os presos para presídio de segurança máxima de Mossoró (RN).