Política

Presidente da Assembleia se apresenta no quartel da PM

Não houve expedição de mandado de prisão pelo fato de o deputado ter se apresentado voluntariamente para cumprir a pena no semiaberto

O presidente da Assembleia Legislativa, Jalser Renier (SD), compareceu ao Comando de Policiamento da Capital (CPC) da Polícia Militar acompanhado do seu advogado, Ednaldo Gomes Vidal, por volta de 19h. Ele informou ao oficial de dia da instituição que estava se apresentando para dar início ao cumprimento da pena pela qual foi condenado.

A Polícia Militar informou, em nota, que o Comando-Geral recebeu solicitação do juiz da Vara de Execuções Penais para que providenciasse, junto ao Comando de Policiamento da Capital, um local adequado para receber o presidente da Assembleia, condenado a seis anos e oito meses de reclusão e a 443 dias-multa pelo crime de peculato. A pena é para ser cumprida no regime semiaberto, em que ele dorme no sistema prisional à noite e de dia trabalha normalmente.

No caso de Renier, não houve expedição de mandado de prisão pelo fato de ele ter informado previamente ao juiz de Execuções Penais que se apresentaria voluntariamente. Em conversa na manhã de ontem com os funcionários da ALE, o parlamentar afirmou que não deixaria de ser deputado e que trabalharia de dia normalmente e de noite cumpriria a pena determinada pela Justiça.

“Sou homem público, trabalhador, nasci do povo. Ninguém é mais Macuxi que eu na minha terra. Não vou me esconder. Estou à disposição da Justiça e preparado para cumprir minha pena. É uma pena em regime semiaberto, o que frustra meus inimigos. Hoje eu estou caindo, mas vão ter que me engolir quando eu levantar”.

A Polícia Militar do Estado de Roraima informou ainda que Jalser Renier foi conduzido a um local preparado para que ele permaneça separado dos demais presos custodiados naquela unidade de Polícia Militar. “Nesta sexta-feira, 28, o Comando-Geral da PM formalizará, ainda pela manhã, o comunicado à Vara de Execuções Penais sobre a apresentação e custódia do parlamentar”.

OUTRO LADO – A defesa do deputado informou que tem recurso interposto contra a própria condenação, assim como contra a decisão de cumprimento antecipado da pena.

Com relação a informações divulgadas em redes sociais de que essa situação acarretaria a perda do mandato, esclarece que o cumprimento antecipado da pena privativa de liberdade, que foi fixada em regime inicial semiaberto, ou seja, com a saída diária do estabelecimento prisional para trabalhar, não afeta em nada o mandato do parlamentar e o exercício da presidência da ALE-RR.