À Folha, o secretário estadual de Justiça e Cidadania, Uziel Castro, informou que irá ver, junto ao setor de inteligência, a conveniência para pedidos de novas transferências. “Esse pedido foi feito antes da rebelião. São líderes da organização criminosa que comandavam rebeliões e possíveis fugas, e por meio da nossa investigação foi constatado que possuem ligação com organização criminosa de outros estados”, disse.
Conforme ele, as transferências ocorreram para dar uma resposta aos presos. “Nós temos a legislação que nos ampara e permite a transferência, isso é comum no sistema prisional. É para dar uma resposta aos presos, porque esses presídios federais têm muito mais condições de mantê-los”, afirmou.
O secretário ressaltou que o governo já vem tomando medidas urgentes para controlar o caos no sistema. “A governadora Suely Campos [PP] já autorizou e assinou a contrapartida do Estado para terminar a obra do presídio de Rorainópolis. Por outro lado, a Assembleia liberou um recurso para reforma emergencial na Pamc para dar dignidade a quem trabalha e cumpre pena ali”, destacou.
Segundo Castro, há ainda um projeto para construção de um novo presídio. “Será um presídio modelo, com capacidade para 400 presos. Estamos com propostas de investidores e essa é a meta do governo, de construir o presídio num tempo rápido. Temos empresas que se propuseram a construir em menos de um ano. Fora isso, está a conclusão do cadeião ao lado da cadeia pública, que, depois de concluído, terá capacidade para 280 presos”, informou. (L.G.C)