No final da tarde de ontem, 28, centenas de manifestantes se reuniram, na Praça do Centro Cívico, em frente à Assembleia Legislativa (ALE), para protestar contra o Governo de Roraima. Eles pediam pelo afastamento da governadora Suely Campos (PP). Representantes do Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos de Roraima (Sintraima), do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinter), do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol), entre outras entidades, participaram do movimento que durou até o início da noite.
Centenas de manifestantes que estavam no local seguravam cartazes pedindo “Impeachment Já”, “Fora Suely” e outras palavras de protesto. Eles afirmavam estar enfrentando diversos problemas por conta da atual gestão governamental, que está atrasando e parcelando salários.
Conforme o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos de Roraima (Sintraima), Antônio Leal, é um momento de união e de luta pelos direitos. “Independente da classe trabalhadora, a população está mostrando para o Governo a sua insatisfação. Não é um acontecimento individual, mas sim geral, onde todas as categorias estão reunidas e unidas para representar a sociedade. Essa é a voz do povo”, afirmou.
Segundo ele, a luta é por salários em dia e melhores condições de trabalho. “A população quer o afastamento da governadora porque o Estado está quebrado e, além disso, a gestão governamental está atingindo todos os profissionais e suas famílias. Não podemos mais aceitar essa situação”, relatou.
Um servidor público, que preferiu anonimato, disse que a população está cansada das desculpas do Estado. “Não aceitamos mais atrasos ou o parcelamento do nosso salário. Esse desequilíbrio das finanças públicas é ocasionado por incompetência dos gestores, porque dinheiro não falta”, argumentou o manifestante. De acordo com ele, só no mês de outubro Roraima recebeu cerca de R$ 60 milhões de FPE e mais de R$ 70 milhões de receita própria.
GOVERNO – A Folha entrou em contato com o Governo de Roraima para que desse um posicionamento sobre a manifestação, mas até o fechamento desta matéria, às 19h de ontem, 28, não obtivemos respostas. (B.B)