Cotidiano

Penas de sete membros de facções criminosas somam 200 anos

Bandidos que foram transferidos para o presídio federal em Mossoró são considerados de alta periculosidade

Os sete bandidos roraimenses, membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), transferidos ontem para o presídio federal de segurança máxima em Mossoró, no Rio Grande do Norte, são de alta periculosidade, segundo a Polícia. A Folha fez uma pesquisa e levantou a ficha criminal de cada um. Somados todos os crimes dos sete condenados, a pena pode ultrapassar 200 anos.

Apontado como um dos principais “cabeças” da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Herculano dos Santos Souza, de 35 anos, apelidado de “Cabeção”, tem uma ficha corrida de dá inveja aos colegas de tranca. Ele responde por homicídio, tráfico de drogas, assalto e porte ilegal de arma de fogo. Há crime em que Cabeção é reincidente e responde duas vezes.

Francivaldo dos Santos Calazans, de 34 anos, vulgo “Toby”, também encabeça o PCC em Roraima. Ele responde por assassinato e lesão corporal. A Polícia afirma que ele é extremamente violento nos assaltos. Já Richardson Santos de Souza, 35 anos, conhecido como “Visconde”, tanto rouba como furta. A pena dele ultrapassa 12 anos.

O detento Francisco Valente Mesquita, 38 anos, mais conhecido como “Pororoca”, é condenado por roubo, o popular assalto, tráfico de drogas e porte de arma de fogo. Também é violento durante suas investidas criminosas.

A especialidade criminosa do detento Evaldo Lira de Almeida, vulgo “Medalha”, de 30 anos, é o tráfico de drogas. Sua tarefa no PCC, segundo a Polícia, era levantar dinheiro com a venda de drogas. Ele também identificava locais, ainda de acordo com a Polícia, para abertura de novas “bocas de fumo” na cidade. O comparsa Ramon Michel dos Santos Barros, de 36 anos, vulgo “Parazão”, também condenado por tráfico, ajudava o “Medalha” no empreendimento criminoso.

O detento Wilson da Silva Lopes, vulgo “Zé do Rádio”, de 45 anos, era um dos mais experientes do PCC em Roraima, conforme investigações da Polícia. Ele também responde pelos crimes de tráfico de drogas e formação de quadrilha e organização criminosa.

No pedido de transferência dos presos, feito pela Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejuc), em agosto passado, também constavam os nomes dos presos Waldeneys de Alencar Souza, vulgo “Vida Louca”, e Leno Rocha de Castro, o “Red Bull”, mas eles foram mortos durante a briga de facções no dia 16 deste mês, na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo. O sete condenados roraimenses ficarão em Mossoró por tempo indeterminado, até que a Justiça Federal se pronuncie novamente.

CRIMES – O tráfico de drogas, artigo 33, é o mais praticado entre os bandidos roraimenses que foram transferidos. Hediondo, o crime pode render até 15 anos de prisão em regime fechado, mais multa e perda de bens adquiridos com dinheiro do tráfico.

O assassinato, ou homicídio, artigo 121, também é um crime muito comum entre os bandidos de alta periculosidade. Quase todos já mataram. A condenação pode chegar a 30 anos caso fique comprovado que o homicídio foi qualificado. O roubo, popular assalto, artigo 157, consta na ficha corrida dos bandidos membros de facções criminosas. O assaltante pode pegar até 10 anos de tranca em regime fechado. (AJ)