Servidores da União, Estado e Município vão paralisar as atividades, na manhã desta sexta-feira, 11, para protestar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, antiga PEC 241, que prevê o congelamento dos investimentos na saúde, educação e outros setores da rede pública. Em Roraima, o manifesto será na Praça do Centro Cívico, a partir das 8h30.
Conforme o membro do Departamento de Política Educacional do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinter), professor Flávio Bezerra, vão participar do manifesto o Instituto Federal (IFRR), Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Roraima (Sesduf), Sindicato da Universidade Estadual (UERR) e vários outros setores que compreendem os servidores do Estado.
“A paralisação busca, neste primeiro momento, protestar contra a PEC 55, antiga PEC 241, que pretende congelar os investimentos na saúde, educação e outras áreas do serviço público”, afirmou Flávio Bezerra.
Segundo ele, a partir do momento em que os investimentos são reduzidos, os trabalhadores perdem seus direitos e a população sofre com a falta de serviços públicos. “Assim, não serão criados novos leitos nos hospitais e muito menos novas salas de aula. A gente percebe que pode haver uma perda muito grande para a sociedade como um todo”, frisou.
Alguns prejuízos já estão em evidência, como os cortes de investimentos na UFRR, onde as bolsas de extensão dos estudantes foram canceladas. “Isso é um absurdo, pois assim não tem como estimular os alunos. O estudo na universidade tem a pesquisa como um de seus pilares e se não há investimento em produção de conteúdos, o estudante é fadado a ser um mecanismo, um robô. Isso nos deixa preocupado”, comentou o professor.
RORAIMA – No âmbito estadual, Flávio Bezerra disse que o protesto será em relação ao enquadramento dos professores a carga horária, que hoje é de 25, 30 e 40 horas. “Na verdade, está havendo um processo de filtração onde o governo está impedindo o direito de alguns profissionais de optarem pela carga horária em que quer trabalhar, que está previsto na lei 892”, frisou.
Segundo ele, a intenção do protesto é reabrir o diálogo com a governadora Suely Campos (PP) para que a categoria possa buscar a mudança do decreto de enquadramento e, assim, garantir o direito de opção dos professores. “É claro que é um processo lento, então o que queremos é abrir o diálogo com o Governo do Estado para poder fazer as correções no decreto”, destacou. (B.B)