A Escola Estadual Diomedes Souto Maior, que fica na Rua Prof. Diomedes, no Centro, está completamente abandonada pelo poder público. O problema perdura por cerca de dez anos e os moradores da vizinhança dizem que já não aguentam mais lidar com a situação, uma vez que o local funciona como ponto para usuários de drogas e esconderijo para bandidos.
O local está tomado por mato alto e sujeira. Também está com a estrutura comprometida. O teto da escola está desabando e as paredes todas corroídas. Há lixo e latas utilizadas para o uso de drogas espalhadas por quase todas as salas da escola. O prédio fica ao lado do Comando de Policiamento da Capital (CPC) da Polícia Militar, onde ficam presos que não podem ir para o sistema prisional.
“Já estamos cansados de reclamar com o Estado, mas não adianta nada. Já fui quatro vezes à Secretaria de Educação para conversar com o responsável e ele nunca está. Aquele pessoal sempre vira as costas para nós, e o governo continua cruzando os braços”, reclamou a moradora da vizinhança, dona Maria.
Segundo ela, muitos usuários de droga e desocupados dormem no local diariamente. “Eles fazem fogo e queimam coisas lá dentro. Todos os dias nós sentimos o cheiro de drogas e de fumaça, inclusive, uma vizinha já passou mal por causa disso. É terrível ter que passar por essa situação”, comentou.
O problema tem causado insegurança aos moradores das proximidades. “O pior de tudo é que o Comando de Polícia da Capital fica na frente da escola. Mas, mesmo assim, nada é feito, ninguém toma providência”, disse uma servidora pública, que preferiu anonimato. “Quando fui até lá pedir ajuda, eles me disseram para ligar para o 190, que só assim poderiam fazer alguma coisa. É inaceitável”.
Outro transtorno citado pela servidora é o transtorno provocado à família. “Sequer deixamos nossos filhos saírem de casa por causa do medo que sentimos aqui. Não sabemos quem está lá dentro, mas acreditamos que não são boas pessoas, até porque vivem ali sem fazer nada”.
GOVERNO – A Folha entrou em contato com o Governo de Roraima para que se posicionassem sobre o problema. No entanto, até o fechamento desta matéria, às 19h de ontem, 15, não houve respostas. (B.B)