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Polícia apreende 31 tartarugas que eram mantidas em cativeiro em Caracaraí

Agentes da Polícia Civil, sob o comando do delegado Francisco Araújo, titular da Delegacia de Caracaraí, município localizado na região Centro-Sul do Estado, a aproximadamente 150 quilômetros da Capital, apreenderam 31 tartarugas na manhã de sábado, 19. Os animais estavam em um cativeiro e haviam sido capturados do Rio Branco há uma semana. O objetivo dessas pessoas era vender os quelônios. Os indivíduos foram ouvidos na manhã de ontem, 22, e irão responder por crime ambiental.

Os policiais receberam a denúncia por volta das 10h e partiram em diligência para averiguar a procedência das informações. Chegando ao endereço indicado, encontraram o proprietário da residência, que confessou que teria capturado as tartarugas há oito dias no Baixo Rio Branco, extremo Sul do Estado.

Os agentes pediram autorização para entrar no local e constataram que havia uma grande quantidade de tartarugas em um espaço fechado da casa, totalizando de 24 animais. Quando questionado se teria realizado a captura sozinho, o homem relatou que outras duas pessoas estavam com ele, incluindo um adolescente de 17, que guardava mais cinco quelônios em sua casa. Além disso, uma terceira pessoa detinha mais duas tartarugas, totalizando 31 animais.

Em depoimento à polícia, o adolescente contou que há aproximadamente 20 dias foi para a região do Baixo Rio Branco, com o objetivo de capturar tartarugas, juntamente com um homem, também morador de Caracaraí. Ele afirmou que todos foram de carona em um barco e, para a pesca dos animais, usaram malhadeira tipo “capa-saco”, mas não sabe informar a quem pertence a rede.

Disse somente que, ao chegar à sede do município, fizeram a divisão do que foi capturado e, na ocasião, ficou apenas com cinco quelônios, cuja pretensão seria vendê-los pelos preços de R$ 200,00, R$ 150,00 e R$ 130,00, dependendo do tamanho. O rapaz disse que essa foi a primeira vez que praticou ações desta natureza.

Já um dos adultos revelou que venderia as tartarugas pelo preço de R$ 100. Ele ressaltou que é pescador há muito tempo, mas negou que tenha praticado crimes ambientais anteriormente. Disse que a única prisão foi em decorrência de um crime de tentativa de homicídio quando tinha 18 anos, cumprindo pena de nove meses na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.

O delegado Francisco Araújo informou que os quelônios foram devolvidos ao habitat natural e os envolvidos no caso liberados depois de ouvidos na delegacia, no entanto, vão responder por crime ambiental, como prevê a Lei 9.605 de 12 de fevereiro de 1998. (J.B)