Polícia

Após fugir, detento procura Ministério Público para denunciar maus tratos dentro de presídio

Preso há 15 anos, Mário Sérgio Batistot, conhecido como “Pigmeu”, disse que apanhava dentro da Pamc quase todo dia.

O reeducando Mário Sérgio Batistot, conhecido como “Pigmeu”, de 36 anos, conseguiu fugir do CPP (Centro de Progressão de Pena) para denunciar maus tratos no Ministério Público.

Após a fuga, o detento foi até o MPRR (Ministério Público do Estado de Roraima), acompanhado da mãe, irmã e esposa para relatar espancamento e abuso por parte de policiais militares e agentes, e se entregou.

Segundo o presidiário, após ser espancado ele teria sido transferido da Pamc para o CPP (Centro de Progressão de Pena), de onde conseguiu fugir por um buraco no telhado da unidade.

Pigmeu relatou que está preso há 15 anos e apanha quase que diariamente nas dependências da Pamc (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo), onde cumpre pena por três homicídios e roubo.

Durante o atendimento ao detento, o promotor de Justiça Carlos Paixão disse que para ele, a vigilância na Pamc deveria ser feita apenas por agentes penitenciários, não devendo a PMRR (Polícia Militar de Roraima) estar lá dentro. No entanto, ele admite, que diante do caos se instalou no sistema penitenciário, a situação seria muito pior sem a atuação na PM atualmente.

SOBRE AS ACUSAÇÕES – A equipe da FolhaWeb entrou em contato com o Governo do Estado para obter um posicionamento a respeito das denúncias feitas pelo reeducando do sistema prisional do Estado de Roraima, de que ele já sofreu diversos espaçamentos dentro da unidade prisional em que cumpria pena, no entanto, a Secom (Secretaria de Comunicação) do Governo, apenas questionou sobre as provas que o detento tinha e sobre o que exatamente ele teria denunciado, como em que circunstâncias teria sido espancado. Apesar de sido informada sobre quem exatamente seria o reeducando, o que já é um dos dados para obter registro do ocorrido no sistema, a Secretaria não repassou nenhum posicionamento do Governo.