Cotidiano

Empresários precisam ter cuidado ao contratar serviço de vigilância

É preciso ficar atento na hora de contratar serviço de vigilância ou segurança privada. O número de crimes cometidos por quem trabalha na área de segurança, sem curso ou qualificação, aumentou no Brasil nos últimos anos. Em Boa Vista, no fim de semana, por exemplo, um vigia de um supermercado foi flagrado furtando 81 caixinhas de cerveja e três aparelhos de televisão de 32 polegadas. Ele não era registrado em nenhuma empresa de vigilância.

O coordenador de curso de vigilância, Richard de Magalhães, orientou empresários e promotores de festas na hora de contratar serviço especializado de vigilância ou segurança privada. “É preciso saber a procedência da empresa que você vai contratar. Basta ir à Polícia Federal, responsável pela fiscalização desse serviço, para saber se esta empresa está credenciada.”

Atualmente, segundo ele, cinco empresas estão aptas a trabalhar no Estado com serviço de segurança privada patrimonial. Os interessados também podem fazer a própria segurança orgânica, ou seja, montar sua própria segurança, mas também é preciso buscar orientações na Polícia Federal. “É o caso dos Shoppings. Eles têm sua própria segurança, mas a PF informa como tem que fazer. O que não pode é colocar uma pessoa qualquer, sem curso de formação, para guardar seus bens patrimoniais. É um risco que o empresário corre”, frisou.

Magalhães também fez outro alerta. Lembrou que quem tira serviço de segurança sem a devida formação ou qualificação profissional pode responder por exercício ilegal da profissão. A punição para este tipo de crime vai de dois anos a quatro anos de reclusão, mais pagamento de fiança.

Em Roraima, apenas um centro de formação de vigilantes está credenciado junto à Polícia Federal. O curso de vigilante dura quase três meses, período em que são formadas três turmas com total de 120 novos vigilantes. Há requisito para ser profissional de segurança privada, entre eles: não ter passagem pela polícia, nem estar respondendo na Justiça.

“Com o aumento no volume de vendas no final de ano, geralmente comerciantes e empresários contratam vigilantes ou segurança privada, mas antes desta contratação, deve-se saber se a empresa que vai prestar o serviço, quem vai enviar um segurança ou vigilante, está credenciada. Tem que ter esse cuidado para evitar transtornos no futuro. Não é aconselhável entregar seus bens patrimoniais nas mãos de qualquer um”, alertou.

PF – Em nota, a Polícia Federal informou que no momento as únicas empresas que apresentam a regularidade necessária perante a Polícia Federal para participar de procedimentos administrativos licitatórios, que visem à contratação de serviço de vigilância armada e desarmada de Roraima são as seguintes: Union Security, Prossegur, Servi-San e Fortevip.

A Lei 7.102/83, segundo a nota, estabelece as normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores. As empresas especializadas e os cursos de formação de vigilantes que infringirem disposições da referida Lei, ainda conforme a PF, ficarão sujeitos às penalidades de advertência, multa, proibição temporária de funcionamento e cancelamento do registro para funcionar. (AJ)