Cotidiano

Secretaria de Saúde monitora possibilidade de novo vírus em Roraima

A febre do Mayaro é uma doença infecciosa febril aguda, semelhante a dengue e a chikungunya, que têm cinco casos confirmados no Amazonas.

Em Roraima, houve 237 casos notificados de chikungunya, por município, este ano, porém apenas 13 deles foram confirmados. O que, segundo o monitoramento da Vigilância em Saúde do Estado, leva a suspeita de que os demais casos sejam da febre do Mayaro, uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por insetos), que pode causa uma doença de curso benigno semelhante à dengue.

Em 2016, foram detectados cinco casos de vírus Mayaro em pacientes residentes no estado vizinho, o Amazonas. Em Roraima, ainda não há nenhum caso confirmado de febre de Mayaro, porém a Sesau (Secretaria Estadual de Saúde) está realizando o monitoramento da expansão do vírus, ainda em fase de diagnóstico.

“Como há muitos casos notificados com os sintomas compatíveis com a chikungunya ou dengue, mas não confirmados, existe a possibilidade de que possam ser casos de Mayaro”, explicou a gerente do Núcleo de Combate à Febre Amarela e Dengue da Sesau, Ana Paula Guth.

Apesar disso, houve uma diminuição significativa de casos notificados de chikungunya. Em 2015, foram 453 casos e apenas 18 confirmados. “Grande parte da população apresentou imunidade a doença”, informou.

A maioria dos casos de chikungunya foi registrada em Boa Vista, Bonfim, Cantá, Caracaraí, Caroebe, Mucajaí, Rorainópolis e São João da Baliza.

Ana Paula destaca que as medidas para combater o novo vírus são os mesmos para dengue e chikungunya. “A melhor atitude é combater os focos de acúmulo de água e lixo. Esses locais são propícios para a criação e reprodução do mosquito transmissor”, explicou.

O principal vetor do vírus Mayaro é o mosquito Haemagogus, que é silvestre de hábitos predominantemente diurnos encontrado principalmente nas copas de árvores.