Política

Propinas a Jucá superam a casa dos R$ 20 milhões

Ex-executivo da Odebecht diz que senador arrecadava e distribuía os recursos para o PMDB

A divulgação da delação de um ex-executivo da empreiteira Odebrecht causou grande repercussão na noite de ontem, 09. Entre os políticos que teriam sido beneficiadas com o esquema está o atual líder do Governo e senador por Roraima, Romero Jucá (PMDB).

Segundo o ex-vice presidente de Relações Institucionais da empreiteira, Cláudio Melo Filho, Jucá centralizou a distribuição de pelo menos R$ 23 milhões dentro do partido. O senador é apontado como o “Homem de Frente” para negociar medidas no Congresso de interesse da Odebrecht, e agia em sintonia com o presidente do Senado, Renan Calheiro (PMDB-AL).

Além de Jucá, Melo Filho cita ainda os nomes de homens importantes do atual Governo, como o do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha; do secretário de Parceria e Investimentos, Moreira Franco; e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), além do próprio presidente da República, Michel Temer (PMDB).

 

O OUTRO LADO

Em resposta as denúncias, a assessoria de imprensa de Romero Jucá (PMDB-RR) informou que ele desconhece a delação e que nega ter recebido recursos para seu partido.

Afirmou ainda que todos os recursos da empresa ao partido foram legais e que ele, na condição de líder do Governo, sempre tratou com várias empresas, mas em relação à articulação de projetos que tramitavam na Casa.

Com informações da Folha de São Paulo.