Polícia

Escolas e creches se tornam alvos de ladrões nos bairros da Capital

Além de danificarem o patrimônio público, os bandidos levam o que podem carregar, de computadores a merenda escolar

Mais uma escola pública virou alvo de ladrões na Capital. Na madrugada de ontem foi a vez da Escola Estadual Sônia de Brito, na rua S-24, no bairro Senador Hélio Campos, zona Oeste. Os ladrões, segundo o vigia, aproveitaram a falta de energia elétrica para pular o muro, arrombar a Sala Multifuncional e levar um computador. O crime só foi descoberto ao amanhecer, quando os professores chegaram e perceberam que a porta estava arrombada e faltava o computador. O trabalho de perícia não pôde ser feito porque o local foi violado. O caso foi registrado no 4º Distrito de Polícia, no bairro Santa Teresa, zona Oeste.

Há quatro meses, duas escolas públicas também foram arrombadas, em um mesmo final de semana, em bairros da zona Oeste. Os ladrões levaram equipamentos eletrônicos, materiais pedagógicos e até a merenda dos alunos. Na escola estadual Antônio Carlos Natalino, no bairro Jóquei Clube, zona Oeste, os ladrões entraram por uma passagem que fica na lateral da escola, renderam o vigia e levaram televisões, data shows, notebooks, computadores, purificadores de água e máquinas fotográficas. Eles também levaram bolas de voleibol e de futsal, além de R$ 1.200,00 que seriam utilizados na formatura dos alunos.

Para “limpar” a escola, os ladrões arrombaram várias portas. O vigia disse à época que os ladrões, encapuzados, chegaram armados com faca e anunciaram o assalto. Em seguida, amarraram o vigia e colocaram-no trancado na sala dos professores. Contou ainda que eram mais de seis e que a maioria era adolescente. No ano passado, a escola foi atacada duas vezes. Os ladrões levaram botijas de gás e 80 cadeiras. Todo o material foi reposto em seguida pela Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seed).

No início de maio deste ano, a Escola Estadual América Sarmento, no bairro Sílvio Botelho, zona Oeste, também foi alvo da ação de marginais, que levaram botijas de gás de cozinha e até frangos congelados. Os ladrões também quebraram janelas, portas e danificaram a rede elétrica do prédio, o que levou a direção a suspender as aulas de mais de mil alunos por várias semanas até o final dos trabalhos dos policiais, carpinteiros e eletricistas.

Os ladrões entraram na cozinha e levaram duas botijas e 24 quilos de frango congelado, parte da merenda dos alunos. A escola já havia gradeado as portas da cozinha e da dispensa, o que não adiantou. Os materiais elétricos e hidráulicos também foram furtados. A grade da sala da escola que servia como depósito foi retorcida.

Em fevereiro passado, os ladrões já haviam atacado a escola. À época, o diretor disse que faltava vigilantes na escola e que aquele último arrombamento teria ocorrido justamente no dia de folga de um deles.