A redução nas taxas de juros para os tomadores de empréstimos junto a fundos, como o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), principal crédito de fomento da região, passará a alcançar quem realizar contratações de crédito até 31 de março de 2017.
A resolução em que se definem os encargos financeiros e o bônus de adimplência a quem pagar em dia as operações contratadas com recursos do Fundo de Financiamento valerá apenas para empreendedores do setor não-rural. O financiamento é administrado pelo Banco da Amazônia (Basa) em todo Norte do País.
Com a redução, os encargos financeiros para as operações contratadas para investimento, inclusive com capital de giro associado, passarão a 11,18% ao ano, uma redução de 2,94% em relação à taxa de juros de 14,12% cobrada anteriormente. Para quem pagar em dia o financiamento, os juros reduzem ainda mais, chegando a 7,65%, uma espécie de bônus ao empreendedor por manter a adimplência.
Segundo o gerente-geral do Banco da Amazônia em Roraima, Liércio Soares, a medida beneficiará, dentre outros, empreendedores com receita bruta anual de até R$ 90 milhões. “A redução da taxa de juros será de janeiro a março e é para o setor de indústria, comércio e serviços”, disse.
Conforme Soares, a instituição financeira realizou o financiamento de R$ 219 milhões do FNO Rural e Não-Rural para Roraima e Amazonas este ano. “Até 30 de novembro o Não-Rural foi de R$ 170,2 milhões em nível de superintendência regional”, destacou.
Do total de contratações de créditos efetuados no FNO Não-Rural, R$ 621 mil foram destinados para microempreendedores individuais; R$ 6,9 milhões para empreendimentos de cultura; 8,5 milhões para turismo; 48,7 milhões para micro e pequenas empresas; e o restante para empresas de médio e grande porte.
“Ainda não recebemos informações do que serão investidos no agronegócio ou comércio, indústria e serviços em 2017, mas em se tratando de FNO serão R$ 5,2 bilhões para a região Norte, sendo R$ 598 milhões para Amazonas e Roraima”, informou.
TAXAS – De acordo com a resolução, a redução das taxas de juros para empreendedores com receita bruta anual acima de R$ 90 milhões passou a ser de 9% ao ano, já contabilizando o bônus de adimplência para os que manterem em dia o pagamento.
Quem precisar de investimentos para capital de giro e comercialização, a taxa de juros será de 15,89% para empreendedores com receita bruta anual de até R$ 90 milhões. Antes, esse percentual era de 18,20%. E, para os adimplentes, os juros decaem para 13,51%.
Aos que necessitem de capital de giro e comercialização e apresentem receita bruta anual acima de R$ 90 milhões, a taxa passou a ser de 18,24% ao ano, inferior aos então 20,4%, sendo que para os pagamentos feitos dentro do prazo acordado, os juros são ainda mais baixos, no caso, de 15,50%. E nas operações destinadas a financiamentos de projetos de ciência, tecnologia e inovação, a taxa de juros passou a ser de 10% ao ano, sendo que com bônus de adimplência a taxa é reduzida para 8,50% ao ano. (L.G.C)