No fim da noite de domingo, dia 1º, um homem foi preso na Avenida Mário Homem de Melo, no bairro Sílvio Leite, zona Oeste, conduzindo uma motocicleta com chassi raspado e placa não correspondente com a cor do veículo. O suspeito foi detido e conduzido até a delegacia para prestar esclarecimento. Ele apresentou recibo de compra do veículo, que foi adquirido como sucata em um leilão por um amigo, que diz ser o verdadeiro proprietário do veículo.
Ao fazerem a abordagem ao condutor da moto, policiais militares pediram o documento do veículo e perceberam que o chassi estava adulterado (raspado). Após consultar a placa no sistema, notaram que a cor atual da motocicleta, azul, não correspondia à pintura original, que constava como preta. O suspeito afirmou que a moto era emprestada de um amigo. Para esclarecer o fato ele foi conduzido até o Plantão Central do 5º Distrito Policial.
A PM conseguiu entrar em contato com o suposto proprietário, que confirmou ter emprestado o veículo. Chegando à delegacia, ele apresentou um recibo de compra e venda e um documento que comprovaria o arremate do veículo em um leilão. A moto tinha sido comprada por outra pessoa, portanto, ele disse que seria o segundo proprietário após a aquisição do veículo.
O comprador adquiriu a moto num leilão da Polícia Rodoviária Federal e, conforme ele, ao efetuar a compra foi informado de que toda a documentação estaria regularizada e que o veículo poderia transitar normalmente, relatando que foi vítima de um golpe ao pagar caro pela moto. Disse que o rapaz abordado pela PM não tinha relação alguma com a negociação que fez com o primeiro proprietário.
O delegado que estava de plantão na Central de Flagrante entendeu que o caso deve ser encaminhado à delegacia especializada para dar prosseguimento aos fatos e apontar se há dolo por parte do comprador da moto.
A polícia reforçou que o arrematante precisa ficar atento ao que está explícito no edital do leilão. Se acaso estiver descrito que o veículo arrematado somente poderia ser vendido como sucata, não poderia ser reparado para uso pessoal e não deveria estar em circulação pelas ruas da Capital. (J.B)