Depois de dois anos desativado por conta da falta de exigência às normas sanitárias, o abate de suínos no Matadouro e Frigorífico Industrial de Roraima (Mafirr) será retomado. A previsão é que o serviço seja reativado em até 10 dias e a expectativa é que sejam realizados entre 150 e 200 abates diários.
O abate havia sido interditado em 2014 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Desde então, 100% das carnes de porco comercializadas no Estado vinham de abatedouros clandestinos, segundo a Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr).
A liberação para o abate ocorreu após a Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima), responsável pelo Mafirr, atender às exigências do Mapa. “O Ministério havia interditado o abate de suínos por falta de atendimento às exigências, mas nós trabalhamos para poder reativar esse setor e atender a demanda local”, disse o diretor-presidente, Márcio Granjeiro.
Segundo ele, o órgão realizou adequações nas instalações para obter o Selo de Inspeção Federal (SIF). “O item principal foi a questão do tempo entre a insensibilização e a sangria, que estava ultrapassado. Modernizamos o sistema para atender ao tempo ideal, que deve ser abaixo de 30 segundos entre esses dois processo”, destacou.
O diretor informou que, antes de retomar os abates, a Codesaima fará um estudo sobre a demanda para o serviço. “Teremos capacidade para abater entre 150 e 200 suínos por dia, mas sabemos que ainda não há a demanda. Por isso iremos organizar uma escala de abate para que a planta não funcione com número pequeno de animais para abate, o que geraria prejuízo à empresa”, afirmou.
Assim que for reativado, o serviço atenderá pequenos, médios e grandes produtores criadores de suínos. “Qualquer pessoa que tiver interesse pode abater. Será cobrada apenas a taxa de resfriamento, que é de R$ 10,00 por animal.. O transporte da planta industrial até o local de comercialização será de responsabilidade do proprietário dos animais. O nosso serviço acaba na expedição da carcaça resfriada”, explicou Granjeiro.
Ele ressaltou que os animais abatidos com o selo de inspeção garantem carne de qualidade à população. “Na realidade a única planta inspecionada para abate de suíno em Roraima é o Mafirr. Quando abatemos os animais sobre inspeção sanitária asseguramos à sociedade que ela estará consumindo algo livre de doenças”, frisou. (L.G.C)