Documentos a que a Folha teve acesso mostram que, ao contrário do que houve no Amazonas, o governo de Roraima não só informou como pediu ajuda ao governo federal para intervir no sistema prisional do Estado, que vive em constante clima de tensão por conta da rivalidade entre facções criminosas, antes do massacre concretizado na madrugada desta sexta-feira, na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.
No dia 24 de novembro do ano passado, a governadora Suely Campos enviou ofício ao ministro da Justiça, Alexandre de Morais, solicitando apoio do governo federal para atuar no sistema prisional de Roraima, em caráter de urgência, incluindo reforço da Força Nacional de Segurança.
Em resposta ao pedido de socorro, o ministro informou, através de ofício, que “apesar do reconhecimento da importância do pedido de Vossa Excelência, infelizmente, por ora, não poderemos atender ao seu pleito”.
No documento, o ministro disse que “a Força Nacional de Segurança Pública encontra-se em fase de preparação para operação de enfrentamento de homicídios e violência doméstica, cujo plano está em desenvolvimento neste Ministério, destiando, a piori, a atuação nas capitais dos 26 estados e no Distrito Federal”.