Polícia

Em denúncia, MP ligou 96 bandidos à facção paulista

Sob as ordens de Diego Mendes, doutrinador do PCC, estão 29 presos distribuídos em cadeias do Brasil

Em denúncia criminal de 288 páginas levada à Justiça de Roraima no fim de 2014, promotores do Ministério Público de Roraima acusaram 96 traficantes e assaltantes de integrarem a hierarquia do PCC no sistema prisional do Estado.

Na denúncia, os promotores listam os nomes e as “funções” de cada um no crime organizado. Um deles é Diego Mendes de Andrade, o DG, ou Bruno, ou, ainda, Taylor.

Segundo a Promotoria, Taylor é o doutrinador do PCC, o homem que cuida das “diretrizes” da célula do crime no Estado.

Na ocasião em que foi denunciado, Taylor estava na Penitenciária Federal de Mato Grosso do Sul e seria um dos Torres ou “Geral do Estado”.

Segundo os promotores de Justiça Carlos Paixão de Oliveira, Hevandro Cerutti, José Rocha Neto, Marco Antônio Bordin Azeredo, Luiz Antônio Araújo de Souza e Carlos Alberto Melotto, ele liderava um conselho formado por cinco bandidos.

“Estas pessoas exercem posição de liderança entre os membros da facção e estabelecem contatos com as demais ‘Gerais’ existentes em outros presídios e na rua. Dentre suas funções está a transmissão de informação e a criação de normativas e diretrizes de procedimentos, bem como o controle e a disciplina dos membros que se encontram presos e os que se encontram em liberdade”, assinala a denúncia.

A investigação mostra que Taylor “batizou” os principais integrantes do PCC no Estado – a Promotoria lista 20 apadrinhados e outros 9 presos sob suas ordens. Ele foi grampeado durante a investigação, ao negociar com um advogado.

De acordo com as investigações, ele avançou na hierarquia após transferências de outros criminosos para a Cadeia Pública de Boa Vista em dezembro de 2013.

“Agora, mantém diariamente contato com Ozélio de Oliveira, vulgo Sumô, oportunidade em que recebe as diretrizes passadas pelo alto comando do PCC, tudo com o objetivo de expandir a organização criminosa em Roraima.”