O massacre na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (Pamc), a maior unidade prisional de Roraima, havia sido premeditado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) em carta circulada nos grupos de WhatsApp.
Um dia antes da chacina, membros da facção criminosa haviam jurado vingança pela morte de outros 56 ligados ao PCC no Amazonas, no 2° maior massacre da história do sistema prisional do País, atrás apenas do Carandiru, em São Paulo.
Apesar disso, os 33 presos mortos na Pamc, na madrugada desta sexta-feira, 06, eram integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) ou não faziam parte de facções criminosas, segundo a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc).
O órgão informou que, em Roraima, há apenas seis integrantes da facção Família do Norte (FDN), grupo que foi responsável pelo massacre de 56 membros do PCC no Amazonas. “Três desses estão na Cadeia de São Luiz do Anauá, no interior, e outros três na Cadeia Pública, onde não houve mortes”, afirmou o secretário de Justiça e Cidadania, Oziel Castro.
Desde o dia 3 de novembro, um mês após a morte de 10 integrantes do Comando Vermelho (CV) na Penitenciária Agrícola, a unidade prisional só abriga presos ligados ao PCC ou que não integram nenhuma organização criminosa.
“Diante dos fatos que aconteceram no dia 01, em Manaus, o Alto Conselho do Primeiro Comando da Capital para região Norte vem a público mostrar a sua indignação e revolta diante da barbárie contra nossos 28 irmãos. Nossos parceiros em outros países estão se mobilizando para dar uma resposta à altura. (sic)”, dizia um trecho da carta.
Apesar de ter circulado nas redes sociais, o secretário da Sejuc afirmou que nenhum órgão de inteligência tinha conhecimento da mobilização. “Nenhum órgão de inteligência detectou a barbaridade, as forças de inteligência não detectaram essa ação isolada. Foi uma barbaridade cometida contra presos comuns e não entendemos o motivo. Foi uma brutalidade desmedida sem justificativa e fundamentos”, frisou. (L.G.C)