Servidor público de 40 anos viveu momentos de terror na última terça-feira, 03, quando sua mãe recebeu a ligação de que um primo distante teria sofrido um acidente.
Conforme relatos do servidor, que não quis se identificar, eram por volta 13h30 quando houve a misteriosa ligação. O rapaz que se dizia primo teria relatado que havia capotado seu carro na BR-174, já no município de Mucajaí, e que a seguradora teria solicitado o envio de R$ 3 mil para cobrir o prejuízo.
“Minha família entrou em desespero e me ligaram de imediato. Sai do meu trabalho e fui correndo para casa. Lá, esse cara disse que precisava que fosse depositado R$ 3 mil, pois a seguradora teria dito que não recebia pagamento em cheque. Eu logo desconfiei, pois esse meu primo mora na Paraíba e o rapaz ao telefone tinha sotaque mineiro”, contou.
Percebendo a tentativa de golpe, o servidor pediu para que a irmã mantivesse o rapaz ao telefone, enquanto buscava contato com os parentes da Paraíba.
“O que mais impressiona é que eles sabem todas as referências das pessoas. Queria que depositasse R$ 3 mil na conta, porque ele falava que a seguradora não aceitava cheque. A minha mãe começou a chorar, dizendo que era meu primo que tinha se acidentado. Eu liguei para a família dele e disseram que estavam bem”, relatou.
O servidor público acredita que a ação tenha ligação com pessoas ligadas ao sistema prisional, uma vez que golpes como esse tem se tornado cada vez comum nos dias de hoje.
“Eu acredito que são esses presidiários, que se aproveitam dessa situação de saídas temporárias para aplicar golpe nas pessoas. Ai ficam infernizando a vida do povo. A gente vê isso praticamente todos os dias nos noticiários, tem essa questão das facções criminosas. Acho que estão fazendo isso para sustentá-las”, comentou.
ATENÇÃO NUNCA É DEMAIS, AFIRMA DELEGADO
A FolhaWeb, o titular do 1º Distrito Policial, delegado Clayton Alexandre, alertou que todo usuário de telefonia celular e fixo precisam estar muito atento ao receber qualquer ligação pedindo dinheiro, seja de um suposto familiar ou de amigo.
“Esse tipo de ligação costuma pegar a pessoa de surpresa, tornado mais fácil explorar o lado emocional de quem atende. O golpista, normalmente, tenta evitar a todo o custo que a vítima tenha contato com outra pessoa, o que poderia inviabilizar o golpe”, destacou.
Segundo ele, o correto nesses casos é que a pessoa desconfie sempre do que está sendo falado ao telefone.
“Evite falar nomes, deixa que a pessoa se identifique, diga que o seu telefone está descarregando a bateria e que vai ligar em seguida, procure checar se o pedido de socorro ou ajuda é verdadeiro antes de efetuar qualquer depósito em dinheiro. Os tipos de golpes mudam a todo instante, por isso é preciso estar atento para não se tornar uma vítima”, concluiu Clayton Alexandre.