Pelo menos quatro pessoas morreram na madrugada deste domingo, 08, após uma rebelião na Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, localizada no Centro de Manaus, capital do Amazonas.
O local, que foi desativado há cerca de três meses por falta de estrutura e segurança, foi reaberto na última terça-feira, 03, para receber detentos após os massacres que deixaram 60 mortos em dois presídios do Estado, ocorridos no domingo passado, 01º.
Em entrevista a imprensa, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Amazonas, Antônio Jorge Albuquerque Santiago, havia alertado sobre a possibilidade de incidentes, já que, segundo ele, o local não oferecia a segurança adequada aos carcereiros e detentos.
Na quinta-feira, 05, houve barulho dentro da unidade. A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) justificou afirmando se tratar de um “desentendimento entre dois presos”, que foram transferidos.
No dia seguinte, 06, presos provocaram um “tumulto” no mesmo local. Segundo o secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes, a confusão ocorreu porque os detentos queriam mais espaço e pediam banho de sol, mas parte do prédio passa por obras.
Segundo o governador do Amazonas, José Melo (Pros), o Vidal Pessoa era única alternativa viável para minimizar os problemas que ocorreram no início do ano. “A alternativa era aquela. Mas [o presídio] está lá, está funcionando. Foi o único local que imediatamente a gente teve para garantir a vida deles”, afirmou.
Com 109 anos, a Raimundo Vidal Pessoa foi inaugurada em 09 de março de 1907. Era a penitenciária da cidade e passou a abrigar apenas presos em regime provisório em 1999, quando o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj ), onde 56 presos foram mortos, foi inaugurado.
Com informações do Uol.