Cotidiano

Sejuc solicita transferência de mais oito presos líderes de facção

Em outubro do ano passado, uma rebelião ocorrida na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (Pamc) resultou na morte de dez presos. Logo após o episódio, a Secretaria de Justiça e Cidadania de Roraima (Sejuc), responsável pelo sistema prisional no Estado, solicitou a transferência de dez detentos para o Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Na época, foi alegado que os detentos faziam parte de duas facções criminosas que atuam nas unidades prisionais do Estado.

Com os recentes acontecimentos no sistema prisional em Roraima, como o massacre ocorrido na madrugada de sexta-feira, 6, quando 33 detentos da Penitenciária Agrícola foram assassinados, e a morte de mais de 60 presos nos presídios do Complexo Penitenciário Anísio Jobim e na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no Amazonas, o Governo de Roraima confirmou que já solicitou a transferência de mais oito detentos, também identificados como líderes de facções criminosas.

“Nesta semana, o secretário de Justiça e Cidadania de Roraima, Uziel Castro, solicitou ao juízo da Vara da Execução Penal da Comarca de Boa Vista e ao Ministério Público Estadual de Roraima (MPRR) autorização de transferência para presídio federal de segurança máxima de oito presos identificados como líderes de facções criminosas”, informou o Governo.

De acordo com a administração estadual, o pedido da transferência foi embasado em relatórios da inteligência da Sejuc e foram solicitados antes mesmo do ocorrido na Pamc na última sexta-feira, 06. O Governo do Estado também informou que o nome de nenhum dos detentos mortos na Penitenciária Agrícola estava na lista dos transferíveis.

No momento atual, o Governo do Estado afirmou que aguarda resposta e não possui uma previsão exata para quando as mudanças podem ocorrer. “Quanto aos prazos, é com a Justiça”, diz trecho da nota.

PRESOS TRANSFERIDOS – A Sejuc também confirmou em nota que, atualmente, 18 presos de Roraima, identificados como líderes de facções criminosas, encontram-se em presídios federais de segurança máxima, submetidos ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), em outros estados do País. Quanto aos transferidos para os presídios de segurança máxima, o Governo afirmou que “no momento em que se efetua a transferência, os detentos passam a ser de responsabilidade do Governo Federal”. (P.C)