Embora a relação entre a causa (estresse) e efeito (ganho de peso) não pareça muito clara em um primeiro momento, numerosos estudos científicos já revelaram que esta ligação procede. Saiba por que a conexão entre as duas coisas são cada vez mais evidentes:
De acordo com Mônica Marques, professora de Educação Física especializada em Fisiologia do Exercício pela Escola Paulista de Medicina, em situações de estresse o organismo libera um hormônio chamado cortisol, que torna as células menos sensíveis à leptina, que é a substância responsável pela sensação de saciedade.
Quando o cérebro não sente seus efeitos a pessoa sente mais vontade de ingerir açúcar e tende a comer mais. Assim, o estresse desencadeia um círculo vicioso que leva facilmente ao ganho de peso.
“Pessoas estressadas tendem a comer menos vezes por dia. O fracionamento das refeições (comer mais vezes e em menor quantidade) é importantíssimo, pois no jejum prolongado o organismo também libera cortisol” explica.
Segundo ela, o estresse pode diminuir os níveis de testosterona, o que pode resultar em maior perda de massa muscular e maior acúmulo de gordura. Além disso, situações de estresse prolongado também podem gerar diminuição da libido, além de infertilidade.
Em situações de estresse prolongado o sistema imunológico é desequilibrado e passa para um estado crônico de inflamação onde as células de gordura fabricam citocinas (moléculas inflamatórias) em excesso, aumentando o apetite e provocando acúmulo de adiposidade, especialmente na região abdominal.
“Quando o corpo relaxa, os genes que fazem engordar são desativados”. Aliviar o estresse pode ser um grande passo para emagrecer. Quando o corpo relaxa, os genes que fazem engordar são desativados, o metabolismo é estimulado, a “queima” da gordura depositada aumenta e há maior perda de peso.
Uma ótima dica para perder peso é aumentar o gasto calórico através de uma atividade física que beneficie o relaxamento. A escolha dos exercícios físicos para combater o estresse e o excesso de peso é bastante particular, pois a atividade ideal é aquela que a pessoa gosta de praticar. Algumas pessoas gostam de meditar, outras de correr, outras de dançar ou praticar algum esporte.
Confira algumas sugestões para quem ainda não encontrou a sua atividade ideal:
Yoga: combina exercícios respiratórios, exercícios posturais e de flexibilidade, num ambiente calmo e normalmente silencioso.
Boxe: para pessoas mais agitadas, que se sentem melhor descarregando energia, a sensação de relaxamento é plena após uma sessão de treinamento intenso, e o consumo calórico é elevadíssimo.
Natação: o mais famoso dos exercícios aeróbios promove mobilização de gordura de maneira eficaz e pode ser praticado em um ambiente mais isolado, tranquilo e silencioso.
Axis: aula de alongamento/relaxamento com foco na coluna vertebral (que acumula a maior parte da tensão do dia a dia) com utilização de rolos específicos.
Prana Balls: aula anti-stress que combina aroma terapia e relaxamento com utilização de bolas de diferentes tamanhos e textura para realizar exercícios e auto-massagem.