A saúde mental está diretamente ligada a casos de violência, uso de drogas, transtornos compulsivos, suicídio, intolerâncias, entre outros. Para lembrar as pessoas de cuidarem não só da saúde física, mas também da mental, psicólogos brasileiros criaram a campanha Janeiro Branco, que usa o mês em que tradicionalmente as pessoas estão mais focadas em resoluções e metas para o ano, para instigar nelas um maior cuidado com o seu bem-estar psíquico.
Atualmente, a Raps (Rede de Atenção Psicossocial) no Estado assiste pessoas com sofrimento ou transtorno mental em diversos níveis. Ou seja, dos transtornos mais simples aos mais complexos, existe tratamento ofertado pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A rede é composta por instituições como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e a Unidade de Acolhimento Maria da Consolação Inácio, Clínica Especializada Coronel Mota, além dos serviços disponíveis nos hospitais.
Os investimentos têm gerado impactos positivos, tanto é que, somente no ano passado, cerca de duas mil pessoas foram atendidas em toda a Raps. Para o diretor do Departamento de Saúde Mental da Sesau, Leôncio Batista, a falta de cuidado com esta área da saúde implica em prejuízos para vários aspectos da vida pessoal e social. “A saúde significa bem-estar geral. É impossível fazer satisfatoriamente as atividades cotidianas como trabalhar, estudar, se relacionar socialmente, se não houver saúde mental. É importante procurar ajuda e a rede pública está à disposição de todos que necessitam desse suporte”, ressaltou.
AVANÇOS – Em 2015, foi reinaugurado o Caps III, com uma nova sede e melhores instalações. A unidade disponibiliza um serviço de atenção à saúde mental em casos moderados e graves. Já pacientes com quadro de doença leve são encaminhados ao ambulatório da Clínica Especializada Coronel Mota, onde é ofertado suporte de cinco psicólogos, sete psiquiatras e três clínicos, que dão apoio no atendimento a esta área. Para ter acesso a este serviço, basta procurar o posto de saúde mais próximo, onde um clínico fará o encaminhamento para a unidade especializada. O Governo garante ainda o auxílio com medicamentos, possibilitando a eficácia no tratamento dispensado a quem precisa deste serviço.
Já em 2016 houve outro salto no atendimento disponibilizado na Rede de Atenção Psicossocial, com a inauguração da Unidade de Acolhimento, voltada ao tratamento prolongado de dependentes químicos que se encontram em sofrimento psíquico em função do consumo de álcool e de outras drogas. Outra melhoria para a área foi a aquisição de duas vans climatizadas para transportar os pacientes às unidades de tratamento e a outros locais, para prática de atividades de lazer, com intuito de promover inclusão social.
Já as pessoas em situação de crise são direcionadas para o HGR (Hospital Geral de Roraima) e, depois de saírem do surto, seguem o tratamento no CAPS III. “Todo este protocolo é preconizado pelo Ministério da Saúde”, explicou Leôncio.
A população pode contar ainda com os Caps nos municípios de Pacaraima, Caracaraí, Alto Alegre, Bonfim, Rorainópolis e Cantá.