Roraima é um grande produtor de frutas e cada região apresenta uma cultura. A banana, por exemplo, vem de Iracema e Caroebe, municípios ao Sul do Estado. Já a melancia vem dos municípios de Normandia e Bonfim, a Leste. A produção de abacaxi bateu recorde na última safra, com 45 toneladas cultivadas em 70 hectares no Cantá, Centro-Leste de Roraima. A produção dessas frutas é tão grande que os produtores fazem até festas para comemorar.
Produtores também começam a investir em laranjais em Rorainópolis, São Luiz do Anauá e Caroebe, municípios ao Sul do Estado. Nessas localidades, a produção de citros se sobressai. Apenas em Rorainópolis, por exemplo, são cultivados mais de 450 hectares de laranja, com cada árvore produzindo cerca de 100 quilos por safra.
Na mesma região, o limão conta com uma área de 51 hectares, com produtividade de 100 quilos por planta. Já a tangerina é cultivada em uma área de pouco mais de 11 hectares, com uma produtividade de 27 toneladas por hectare.
Nas feiras livres da cidade há uma enorme oferta de frutas. O feirante Antônio José, de 70 anos, vendedor de abacaxi na Feira do Produtor, no bairro São Vicente, zona Sul, disse que o movimento estava fraco ontem pela manhã, mas sobrevive com o que ganha. O abacaxi de seu Antônio, que custa R$ 1,50 ou R$ 2, vem da região da Serra Grande II, no Cantá. “A produção lá é muito boa. Eu compro na Serra Grande e revendo aqui. Mesmo em tempo de crise está dando para sobreviver”, disse o feirante, morador do bairro Calungá, no Centro.
O também feirante José Ribamar Alves, de 61 anos, vende banana há 20 anos na Feira do Produtor. Ele compra banana nos municípios de Mucajaí e Iracema, na região Centro-Sul do Estado. A produção, segundo ele, é muito boa nas regiões do Rouxinho, Apiaú e Campos Novos. O preço do cacho varia de R$ 3 a R$ 12, dependendo do tamanho e do tipo da banana. A Prata, segundo o feirante, é a que mais vende. “O movimento está bom. Vendo até dois mil cachos por semana, mas espero que melhore”, frisou o feirante.
A melancia também é muito vendida na Feira do Produtor. O feirante José dos Santos, mais conhecido como “José Piauí”, informou que suas frutas vêm dos municípios do Bonfim e Normandia, região Leste de Roraima.
Ele vende uma média de 500 melancias por semana. O preço varia de R$ 5 a R$ 12, dependendo do tamanho. “Vendo melancia há 10 anos aqui na Feira do Produtor. Dá para pagar as contas e sobreviver, mas espero que o movimento melhore um pouco mais”, ressaltou. (AJ)
Polpa de frutas vira um bom negócio
As frutas possuem não só um grande valor nutritivo como também têm efeito medicinal, pois desintoxicam o organismo, além de repor as vitaminas necessárias e os sais indispensáveis para nós. E foi apostando nisso que Antônio Brito, de 36 anos, abriu o próprio negócio e hoje vende polpas de frutas na Feira do Produtor, no bairro São Vicente, zona Sul.
Há quase um ano que o feirante compra as frutas em Rorainópolis, município a 220 quilômetros da Capital pela BR-174, região Sul de Roraima, e faz a polpa em sua casa, na Capital. Ele obedece aos padrões de higiene exigidos pela vigilância sanitária e a polpa que produz tem qualidade, por isso, segundo ele, é muito procurada na Feira do Produtor.
A venda de polpa de frutas caiu ultimamente, mas, segundo o autônomo, mesmo ainda assim continua sendo um bom negócio. A Sol Polpas funciona no boxe 4 da Feira do Produtor. Antônio Brito vende uma média de 50 litros do produto por dia. Cada polpa custa R$ 5. As mais vendidas são de maracujá, cupuaçu e acerola.
“A crise derrubou um pouco o movimento, mas dá para sobreviver. Tiro meu sustento daqui. A polpa que produzo é natural e eu garanto a ótima qualidade. A maioria dos clientes é daqui da feira, mas faço entrega em domicílio. Nossa qualidade com a seleção das frutas e a higienização são as nossas melhores propagandas”, finalizou o autônomo. Interessados é só ligar: 99166-0970. (AJ)