Política

Deputado diz que Suely Campos deve participar de discussão

Pela complexidade da matéria, o deputado estadual Gabriel Picanço não descarta que a votação ocorra somente em 2015

Pela a situação delicada da proposta orçamentária enviada pelo Executivo para a Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (ALE-RR), o deputado estadual Gabriel Picanço (PRB) afirma que a governadora eleita, Suely Campos (PP), precisa participar das discussões em torno do recurso com o qual vai trabalhar no ano que vem. Considerando a complexidade da matéria, em função do alto endividamento do Estado, o parlamentar disse que a Oposição não descarta solicitar que a votação ocorra somente no mês de janeiro.
Neste caso, os parlamentares só poderiam entrar em recesso após a conclusão desta contenda e, até isso, o Governo do Estado teria de manter a máquina pública com recursos exclusivos de arrecadação própria.
Em entrevista ao programa Agenda da Semana, da Rádio Folha 1020, o deputado reeleito disse que esta é a melhor opção, uma vez que a análise da proposta orçamentária para o próximo ano é delicada frente aos recursos escassos para pastas importantes, a exemplo da Secretaria de Agricultura, que terá apenas R$ 40 milhões para manter sua estrutura e investir no setor primário. “Quase R$ 200 milhões são só para precatórios e R$ 400 milhões para pagamento de dívidas de empréstimos. Isso praticamente inviabiliza investimentos para o próximo mandato”, pontuou.
Na avaliação do deputado, o Orçamento tem que ser fechado com anuência da futura governadora do Estado, Suely Campos, para que ela tenha a oportunidade, junto com sua equipe técnica, de discutir as áreas a serem priorizadas. Picanço disse que o pedido já foi feito à deputada Aurelina Medeiros (PSDB), relatora da matéria na Casa. “Ela nos disse que está sensível em mandar o projeto de Orçamento para que o novo governo o analise. Se for o caso, vamos procurar o presidente da Casa para discutir a possibilidade de a votação ocorrer só no ano que vem, pois é melhor do que prejudicar o povo com um Orçamento mal discutido”, defendeu o parlamentar.
Em seu primeiro mandato, o deputado reeleito frisou que nos últimos três anos, o orçamento vinha seguindo praticamente tudo o que era determinado pelo poder Executivo, sem emendas, uma vez que a bancada de Oposição estava enfraquecida. “Até então, a gente [Oposição] não tinha voz, mas agora tenho certeza de que os colegas vão ter sensibilidade de votar pelo que é melhor pelo Estado e não mais pelo que determina o Palácio”, comentou.