Desde segunda-feira, 06, o Matadouro e Frigorífico Industrial de Roraima (Mafirr) está sem funcionar e não vem realizando abate de bovinos. A suspensão dos serviços, por determinação da Superintendência Federal de Agricultura em Roraima (SFA/RR), ocorreu por conta de problemas com uma peça em um dos equipamentos que faz o abate.
Segundo o superintendente da SFA, Plácido Alves, a interdição foi solicitada para que a Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima), responsável pelo matadouro, pudesse providenciar o conserto e a manutenção da máquina. “Fizemos o pedido para evitar que isso causasse acidentes com os funcionários. Achamos prudente que fosse feito esse reparo e, depois, será avaliado para ver a questão da liberação dos abates”, disse.
Ele afirmou que a suspensão dos serviços não possui relação com questões sanitárias do Mafirr. “Situações no tocante à saúde pública não podemos fechar os olhos e colocar pessoas em risco. Se ocorresse esse tipo de problema, a interdição seria maior”, frisou.
Conforme o superintendente, o Mafirr possui atualmente totais condições sanitárias para o abate de bovinos. “Falaram que o matadouro não tinha condições, mas isso não é verdade. Se não atendesse às exigências do Serviço de Inspeção Federal [SIF], estaria fechado. É um local que precisa de ampla reforma, mas atende à demanda”, destacou.
INTERDIÇÃO – Não é a primeira vez que o Mafirr é interditado. Em julho do ano passado, o local teve os serviços suspensos pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Roraima (SRTE-RR) por irregularidades referentes às caldeiras e aos riscos à saúde e à proteção dos servidores.
Já em outubro de 2015, o matadouro parou o funcionamento pela falta de equipamento de proteção individual (EPI), fato ocorrido em razão de a empresa vencedora da licitação não ter entregue o material no prazo previsto. O prejuízo ao Governo do Estado foi os mais de 150 bois que deixaram de ser abatidos em um único dia
GOVERNO – Em entrevista à Folha, o diretor-presidente da Codesaima, Márcio Granjeiro, informou que os problemas no equipamento que apresentou defeito estão sendo sanados. “Houve uma quebra técnica e tivemos que parar a planta para consertar. Nessa quarta-feira será emitido o laudo do SIF e, até o fim de semana, os abates devem ser liberados”, disse.
Segundo ele, a questão não prejudica a população em relação ao desabastecimento de carne. “As câmaras frias estão cheias de gado dos abates feitos na semana passada. Nossa planta é antiga, são máquinas que vêm sofrendo esforços e estamos trocando. Conseguimos recursos na casa dos R$ 3 milhões para compra de equipamentos que nos darão mais autonomia”. (L.G.C)