Política

Membros da Mesa Diretora negam que exista disputa interna e falam em união

Parlamentares dizem que divergências por causa da disputa da eleição da Mesa estão sendo superadas

O clima é de amistosidade na Câmara Municipal de Boa Vista. Pelo menos é o que falam os membros da Mesa Diretora da Casa, mesmo após uma possível judicialização da recondução da Mesa Diretora por mais dois anos por parte dos vereadores do G10.

O presidente da Casa, Mauricélio Fernandes (PMDB), afirmou que não está havendo divergência nem briga entre os parlamentares. “Na realidade, existiu a votação da Mesa Diretora e é normal que, posteriormente, tenha alguma animosidade com os vereadores que não foram vitoriosos. Mas é fato passado. Estamos tomando ações concretas para que a Câmara trabalhe em prol dos 21 vereadores, que todos tenham assessoria, apoio legislativo. Temos que descer do palanque e trabalhar em prol de todos”, afirmou.

Questionado se a recondução da Mesa Diretora tinha sido uma ideia do presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá, Mauricélio negou. “É uma situação interna da Câmara. Um requerimento foi apresentado por vereadores que não fazem parte da Mesa, mas que são membros do G11. A maioria votou e aprovou. Se o grupo tinha esse sentimento, por que não acatar? Me sinto preparado para o cargo. Sou da base do Executivo municipal, do PMDB e não vejo problema nenhum nisso [recondução]”, afirmou.

Vice-presidente da Mesa Diretora, o vereador Júlio Cézar Medeiros (PTN) também negou o clima pesado. “Fui convidado a compor a chapa e construir uma eleição. Posteriormente à eleição da Mesa, falam em dois grupos. Mas, passada a eleição, o que existe na Casa são 21 vereadores”, disse.

Júlio Cézar lembrou que foi reeleito em outro grupo político, mas que sempre esteve a favor de projetos de interesse da população. “Esse é o nosso comportamento como parlamentar e que vou continuar tendo. Sempre que vier projeto para ajudar a cidade, a gente vai apoiar, mas nunca me furtando da minha prerrogativa como vereador. Tenho que fiscalizar, propor, indicar e não vou me furtar em momento nenhum disso”, assegurou.

Este é o mesmo pensamento do primeiro-secretário da Mesa Diretora, vereador Rômulo Amorim (PTC). “Desde o início, tiveram intrigas atribuídas a nós. Essas rusgas iniciais advindas da disputa da eleição da Mesa são naturais e aos poucos estamos sanando isso. São 21 cabeças e é difícil conseguir concatenar as ideias. São grupos políticos diferentes, com ideologias e convicções religiosas distintas”, frisou.

Porém, Rômulo disse que, no geral, está buscando um bom convívio. “O Mauricélio está conseguindo agregar todos. Por isso, nunca tive dúvida que ele seria o melhor nome para a presidência, o único capaz de agregar.