Cotidiano

Plano Nacional de Segurança é lançado, mas sem previsão de chegar ao Estado

O Plano Nacional de Segurança, do Governo Federal, começará a ser implantado nesta sexta-feira, 17, nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A previsão era que Roraima iniciasse a implementação das ações específicas na próxima segunda-feira, 20, junto com o Amazonas, com a vinda do ministro em exercício da Justiça e Segurança Pública, José Levi Mello Júnior, mas a viagem foi cancelada.

O Plano propõe reduzir a criminalidade pela redução de homicídios dolosos, feminicídios e violência contra a mulher, além de modernizar e racionalizar o sistema penitenciário e combater o crime organizado transnacional, como tráfico de drogas e armas. A partir da proposta geral da norma, são formuladas ações específicas em cada Estado.

A governadora Suely Campos (PP), juntamente com os governadores de estados da região Norte, já assinaram o Pacto Federativo pela Segurança Pública, em solenidade no Palácio do Planalto, com o presidente Michel Temer (PMDB), no dia 18 de janeiro. “Isso faz parte das tratativas conduzidas durante a reunião em Brasília entre a governadora e o ministro da Justiça. Ali os governadores do Norte aderiram ao Plano Nacional de Segurança, que tem diversos eixos”, disse o secretário estadual de Segurança Pública, coronel Paulo César Costa.

Segundo ele, apesar de ainda não ter data para o lançamento do Plano em Roraima, algumas medidas solicitadas pelo governo já foram tomadas. “Em decorrência disso, tivemos a atuação das Forças Armadas na revista dentro da Penitenciária Agrícola, que também estão atuando nas faixas de fronteira do Estado”, informou.

Além disso, conforme o secretário, os núcleos de segurança pública implantaram o subsistema integrado congregando agências de inteligência, criando uma plataforma tecnológica para monitoramento do fluxo de recursos utilizados pelas facções criminosas. “Concluímos também o relatório com a participação das agências de inteligência sobre o crime organizado no Estado, que tem afetado diretamente na segurança pública”, ressaltou.

A vinda do ministro, conforme Costa, seria importante para discutir a questão da implantação do Plano. “O Plano ainda não está alinhado com as peculiaridades do nosso Estado, que é uma realidade diferente de outras regiões do Brasil. Aqui ainda está em fase de ajustes”, explicou. (L.G.C)