Os servidores da área técnica e administrativa da Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh) paralisaram as atividades nesta segunda-feira, 6. Esta é a segunda vez que os trabalhadores cruzam os braços em razão a falta de resposta do Governo sobre reivindicações feitas pela categoria já algum tempo.
“Depois da paralisação do dia 30 de janeiro, o presidente da Femarh se reuniu no dia 08 de fevereiro com o sindicato e nessa ocasião apresentou uma proposta, segundo ele, feita pela governadora Suely Campos. Logo após isso, fizemos uma assembleia com os servidores e nisso decidimos aceitando a proposta que foi apresentada, com a condição que houvesse celeridade no PCRR, só até o momento não tivemos mais nenhuma notícia da tramitação desse projeto na Casa Civil”, contou o diretor do Sintraima (Sindicato dos Trabalhadores Efetivados do Poder Executivo de Roraima), Adriano Santos.
Segundo Santos, a paralisação dessa segunda contou com 70% de todo o pessoal da Fundação. A ideia é pressionar o Estado a dar uma resposta sobre a negociação feita com a categoria no final de janeiro desse ano.
“O questionamento dos servidores é porque esse projeto ainda não foi a Seplan para o impacto financeiro. Essa seria a tramitação correta e como sendo uma proposta da própria Suely, como enfatizou o presidente da Femarh, porque essa demora? O sindicato foi até a Casa Civil e lá a conversa foi que a proposta não é da governadora e sim da gestão. Então, fica nesse impasse e nós queremos uma resposta concreta de onde está essa proposta”, disse o sindicalista.
Além de questões relacionadas ao PCCR, a categoria cobra ainda melhorias pontuais no ambiente de trabalho que vão desde investimentos em estrutura a contratação de pessoal para reforçar os plantões da fundação.
“A ideia é que o governo se sensibilize com essa situação. O trabalho que a Femarh desenvolve, na proteção do nosso bioma amazônico, é importantíssimo, mas que para isso é necessário investimento em melhores condições de trabalho e contratação de pessoa para esses plantões”, pontuou o analista ambiental do órgão, Roberto Santana.
Um ofício foi enviado ao Governo e a presidência da Femarh. Nele a categoria cobra uma resposta no prazo de cinco dias. Caso não haja resposta, os trabalhadores não descartam realizar greve por tempo indeterminado.
“O Governo infelizmente não atendeu com o que foi prometido com categoria. A gestão se omitiu de qualquer negociação ou acordo, ela sempre manda terceiros conversar conosco, nunca chega com nada concreto e as nossas dívidas continuam. Primeiro se o Executivo realmente sabe das nossas propostas, sabe das nossas deficiências, das nossas necessidades para que a gente possa fazer um Estado mais desenvolvido. Não é a nossa intenção criar algum tipo de problema, mas sim assegurar que seja respeitada as nossas reivindicações, pois o ganho também vai para a população que necessita dos nossos serviços”, ressaltou o servidor efetivo Artur Queiroz
O OUTRO LADO
Em nota, o Governo do Estado informou que o Projeto de Lei que equipara os salários dos servidores da Femarh está em análise no Instituto de Modernização. Esta etapa, segundo o Executivo, segue os trâmites normais, respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal.
A nota reforçou ainda que a governadora Suely Campos (PP) pediu prioridade aos projetos que envolvam equiparação de salários de servidores. “Depois disso, a Assembleia Legislativa vai apreciar o Projeto e levar à votação”, concluiu.