Servidores afirmam que lixo hospitalar de posto de saúde não é recolhido há um ano

Servidores do Posto de Saúde João Alves da Silva, localizado na Vicinal 16 da Vila Nova Colina, no Município de Rorainópolis, Sul do Estado, afirmam que o lixo hospitalar da unidade não é recolhido há um ano. Os resíduos estão guardados no depósito da unidade, expondo os servidores e pacientes a doenças e infecções.
Conforme uma servidora, que preferiu não se identificar, já existe um acúmulo grande de resíduos e, como não há coleta, não se pode mais despejar este tipo de lixo, por isso a solução é guardá-lo. Um morador da vila relatou que há coleta seletiva para o restante da vila, mas não para o posto de saúde. “Como não é permitido que o mesmo caminhão que coleta o lixo das residências também colete o do hospital, o posto é obrigado a armazená-lo”, confirmou.
ESTRUTURA – Outra reclamação dos servidores é em relação à falta de materiais, como luvas, ataduras, curativos e medicamentos. “Com frequência, ficamos desabastecidos. Uma vez ou outra, a prefeitura envia material para cá, mas a situação é crônica. Para não ficarmos desbastecidos, pedimos ajuda das unidades de saúde vizinhas, que nos concedem materiais quando necessitamos”, relatou a servidora.
Conforme ela, a unidade também não possui ambulância. Ela relatou que já utilizou dinheiro do próprio bolso para custear o translado de passageiros em situação de emergência para o hospital na sede do município. “Prefiro pagar a passagem deles a vê-los morrer em minhas mãos sem fazer nada”, frisou.
A servidora afirmou que o esgoto da unidade está a céu aberto e a poucos metros do consultório e do poço que fornece água para o posto. “O cheiro é horrível e somente o fato de estar aberto já nos expõe a diversos tipos de doenças. Para piorar a situação, ainda passa próximo à água que consumimos”, denunciou.
PREFEITURA – A Folha entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Rorainópolis, que informou, através de telefone, que o lixo do posto de saúde de Nova Colina é recolhido semanalmente e de forma adequada, pois não pode se misturar com os demais resíduos.
Em relação à falta de materiais e medicação, a assessoria informou que a unidade é abastecida conforme solicitação. Afirmou que, quando algum medicamento ou material está em falta, é enviado imediatamente. Sobre a falta de ambulância, informou que o veículo disponível na unidade é antigo, mas está em condições de uso. (I.S)