Cotidiano

Grávida espera dois dias para retirar feto morto da barriga

Em nota, a Sesau disse estar adotando todos os procedimentos e métodos adequados para preservar a vida da mulher.

A família de uma grávida que está com o bebê morto dentro da barriga denunciou a demora para a cesárea que retirará o feto.

De acordo com os familiares, Janaina Alves da Fonseca deu entrada no Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth ontem às 11 horas com o bebê de nove meses já morto.

A previsão era que a cesárea fosse feita só hoje às 10 horas, porque outras mulheres que estavam com o bebê vivo foram passadas na frente na sala de cirurgia.

A família relata ainda que tentaram contato com o serviço social da maternidade, que disse que interferia no caso, mas, até o momento, o problema não foi resolvido.

OUTRO LADO- Em nota, a Sesau (Secretaria Estadual de Saúde) disse considerar normal a preocupação da familia em relação ao caso da paciente Janaína Alves da Fonseca, mas informa que o Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN) está adotando todos os procedimentos e métodos adequados para preservar a vida da mulher.

“No entanto, a prioridade da unidade é sempre atender primeiro os casos em que há risco de morte para mãe ou bebê”, explicou.

A paciente foi atendida na unidade, passou pelos exames necessários para monitorar seu quadro de saúde e está sendo acompanhada continuamente pela equipe médica, que até o momento avaliou que o quadro dela é estável e ela não corre risco de ter complicações. Por este motivo, foram atendidas com prioridade mulheres em quadro mais urgente.

“Esclarecemos que a maternidade está seguindo os protocolos orientados pelo Ministério da Saúde, e o tempo de espera está bem abaixo do limite aceitável, sem colocar em risco a vida da paciente.
Pontuamos, que a indicação para o óbito no útero é que seja induzido o parto normal, já que apresenta menos risco de infecção. No entanto, a paciente será reavaliada para analisar se há condições de realizar este procedimento sem complicações, e a escolhe será sempre pelo método mais seguro”, frisou.

Enfatizou que tanto a direção da unidade quanto a Ouvidoria do SUS estão à disposição para esclarecer todas as dúvidas da paciente e familiares.