Cotidiano

Sindicalizados marcam assembleia na tentativa de intervir no Sitram

Mais de 500 servidores do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Boa Vista (Sitram) assinaram um documento convocando os associados para uma assembleia extraordinária para discutir a situação da atual diretoria da entidade sindical, que passa por uma de suas piores crises. A reunião acontecerá nesta sexta, 24, às 18h30, na sede do Sitram, na Avenida Princesa Isabel, 3776, bairro Santa Tereza. A atual diretoria afirma que não haverá assembleia. 

“Espero que todos os sindicalizados compareçam à assembleia para que a gente possa intervir nas ações da atual diretoria, que está se utilizando de meios jurídicos para permanecer no cargo, mesmo sabendo que a classe não está satisfeita com a gestão”, afirmou o sócio fundador do Sitram, professor Edson Sguario.

Durante o evento será discutida a deliberação sobre a criação de uma Diretoria Executiva Provisória para administrar o sindicato, tendo em vista o término do mandato da diretoria eleita para o quadriênio 2012/ 2016, que foi prorrogado por acordo judicial. Eles também querem deliberar a criação de uma comissão para apurar possíveis infrações do estatuto sindical, supostamente cometidas pela gestão atual.

Atualmente, o Sitram possui cerca de dois mil associados. Na terça-feira, 21, foi publicado um edital, na Folha, com 583 assinaturas convocando os servidores para a assembleia geral desta sexta. “Mais de um quarto dos sindicalizados assinaram o documento. Isso mostra que queremos uma mudança imediata. Já faz 12 anos que a atual gestão está na presidência, mas hoje não nos sentimos representados, falta transparência. A mesma direção instituída pode ser destituída pelos associados”, afirmou Sguario.

OUTRO LADO – A presidente do Sitram, Sueli Cardozo, afirmou que a atual diretoria do sindicato apoia uma nova eleição. “Não queremos que esta situação se prolongue por muito tempo, pois essa disputa interna nos enfraquece. O problema é que a oposição quer uma eleição por aclamação e nós queremos o voto direto”, explicou.

Segundo ela, a prorrogação das eleições foi uma decisão da Justiça, por meio de um pedido da própria oposição. “Por isso não haverá assembleia nesta sexta-feira, 24. Agora temos que esperar porque somente após a conclusão do processo judicial é que haverá uma nova eleição”, informou. (B.B)