Cotidiano

Custo da cesta básica cai 6% em BV

Em 20 capitais brasileiras, custo da cesta básica aumentou no mês de março

Conforme dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o custo da cesta básica aumentou em 20 das 27 capitais brasileiras em março de 2017. No entanto, a análise também revela que, no primeiro trimestre deste ano, Boa Vista registrou uma queda de 6,12% do gasto na compra de mantimentos.

De acordo com a pesquisa, em março de 2017, o custo da cesta de Boa Vista foi de R$ 371,49, o que significa uma variação de -1,13% em relação ao mês anterior. Em 12 meses, a variação anual foi de -1,03% e, nos três primeiros meses de 2017, de -6,12%. Assim, a Capital ficou na 19ª colocação dentre as 27 capitais brasileiras, com o maior custo de alimentos essenciais.

Os dados informam que, entre fevereiro e março, houve elevação do valor médio da manteiga, com um aumento de 20,63% no preço. Já o tomate subiu 6,48%, o óleo de soja aumentou 3,94%, o café em pó elevou 0,97% e a carne bovina de primeira cresceu o índice em 0,80%.

O preço de outros produtos teve uma queda, em especial o açúcar, com uma queda de -10,20%, o feijão carioquinha com uma redução de -9,68%, o leite integral com uma diminuição de -5,73%, a banana com a queda de -1,82%, o arroz agulhinha e a farinha de mandioca com a queda de -0,34% e o pão francês, com uma diminuição de -0,13%.

NA PRÁTICA – Para a administradora Rose Costa, a queda de 6% pouco foi percebida na hora de adquirir os mantimentos para sua casa. Ela, que faz compras uma vez por semana em um mercado próximo à sua casa, disse que desde o início do ano a situação não mudou.

“Eu não percebi uma mudança, acho que está igual. O preço das frutas melhorou um pouco, a carne também está com um preço razoável”, informou. Para tentar driblar os custos, Rose explica que procura acompanhar as promoções semanais. “Eu normalmente compro tudo na sexta-feira, porque sempre tem desconto, a não ser quando é uma compra especial”, disse.

É o mesmo caso do funcionário público Almir Freitas. O consumidor não observou a queda na hora das compras e também opta pela pesquisa de preços para realizar compras. “Como amanhã eu estou viajando, resolvi vir aqui, para deixar tudo abastecido lá em casa. Mas sempre faço isso, pesquiso preços, alterno entre mercados, olho as promoções, para conseguir comprar tudo num preço bom”, afirmou.

DADOS NACIONAIS – Segundo a Dieese, a cesta mais cara é localizada em Porto Alegre, ao custo de R$ 437,22, seguida por São Paulo, com R$ 435,34 e Florianópolis, com R$ 433,70. Os menores valores médios foram observados em Rio Branco, com R$ 323,34 e Salvador, com R$ 349,66. Já as maiores altas foram registradas em algumas capitais do Nordeste, em Teresina, com 3,90%, Natal com 3,54% e Recife, com 3,53%. As quedas mais expressivas do custo da cesta foram observadas em Rio Branco, com -2,19% e Cuiabá, com -1,14%.

Com base na cesta mais cara, de Porto Alegre, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas em março de 2017 deveria equivaler a R$ 3.673,09, quase quatro vezes o salário mínimo atual, de R$ 937. (P.C)