Cotidiano

Receituários sem endereço impedem pacientes de comprar remédios

Pais de pacientes do Hospital da Criança Santo Antônio, na Avenida das Guianas, bairro Treze de Setembro, zona Sul, estão insatisfeitos com o atendimento médico. Segundo eles, os profissionais do local não estão informando o endereço da unidade de saúde nos receituários, fato que os impede de comprar determinados medicamentos.

O professor Miquéias Ambrósio dos Santos, pai de uma criança atendida na unidade de saúde, na última quinta-feira, 06, disse que, ao chegar a uma farmácia com a receita em mãos, foi impedido de comprar o medicamento. “Minha filha foi diagnosticada com pneumonia e foram receitados alguns remédios. No entanto, para efetuar a compra, o farmacêutico informou que era necessário o endereço do hospital no receituário, o que deveria ter sido feito pelo médico”, contou.

Muitas pessoas estão sendo prejudicadas por conta do transtorno. “Precisei voltar até a unidade de saúde para conseguir o carimbo com o endereço. Ao chegar lá, um dos atendentes me informou que este problema tem acontecido com frequência. É um problema muito sério porque muitas pessoas não têm condições de estarem se locomovendo de um lado para o outro porque um profissional não carimbou a receita. É uma falta de respeito com o cidadão”, argumentou Miquéias dos Santos.

Medicamentos podem ser comprados em três situações distintas: existem aqueles que só são liberados com o carimbo do médico; medicações, como as de tarja preta, precisam do endereço da unidade de saúde e do endereço do paciente; há ainda medicamentos em que o paciente precisa ser cadastrado para obtê-los, como os remédios para diabéticos liberados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Caso o paciente seja impedido de comprar qualquer medicamento por falta de informação no receituário, de acordo com os especialistas, o erro é do profissional de saúde, que obrigatoriamente deveria conhecer estes procedimentos.

OUTRO LADO – Em nota, a Prefeitura de Boa Vista informou que todos os receituários do Hospital da Criança Santo Antônio são padronizados e levam o nome e endereço da unidade. “Porém, quando se trata da Farmácia Popular, os pacientes precisam fazer um cadastro para comprar o medicamento e o carimbo do Hospital é necessário. Em alguns casos isolados, por algum erro, esse carimbo não acompanhou as receitas prescritas”, explicou.

Segundo a nota, a Secretaria Municipal de Saúde vai providenciar ainda hoje [ontem] o carimbo com endereço da unidade de saúde e a lista dos medicamentos que precisam de receitas carimbadas para que o problema não volte a acontecer. (B.B)