Cultura

A importância do obstetra durante a gravidez

O médico obstetra é aquele profissional da medicina que acompanha a mulher em gestação. A palavra obstetra vem do latim obstetrix, do verbo obstare, que significa “ficar ao lado de”. Por isso, o obstetra é literalmente alguém que fica do lado, que ajuda no parto.

A atuação do obstetra começa bem antes do parto, devendo toda mulher que deseje engravidar, procurá-lo o mais cedo possível para que se possa identificar e sanar prováveis riscos à gravidez e à gestante.

O médico obstetra é considerado o médico da Mulher, pois ele é responsável pelas orientações relacionadas à sua saúde. Esse médico dá conselhos pré-gestacionais e acompanha a saúde do feto, o que permite identificar anormalidades precocemente e possibilita intervenções terapêuticas ainda no útero.

O trabalho de prevenção é realizado durante o pré-natal e tem auxiliado a diminuir as taxas de mortalidade infantil e materna. O objetivo da Assistência pré-natal é orientar a mãe quanto às modificações no organismo, modificações de hábitos alimentares e físicos, impedir que a paciente fique anêmica, orientar a mãe para um parto mais humanizado e uma gravidez saudável. O obstetra deve alertar sempre as futuras mães quanto a doenças que possam afetar a ela e ao bebê, principalmente doenças como a rubéola e a toxoplasmose que podem causar problemas de visão, distúrbios de desenvolvimento, má formação e até mesmo o aborto. É muito importante que o obstetra e a gestante tenham uma boa relação e confiança mútua para facilitar os exames e os encaminhamentos de uma gravidez. Entre os principais exames utilizados podemos citar: ultra-sonografia, dopplerfluxometria, cardiotocografia e exames laboratoriais maternos, os mais importantes são as sorologias que visam identificar a presença de agentes infecciosos como vírus, bactérias ou protozoários.

São esses exames que ajudam a diagnosticar e tratar as patologias mais comuns durante a gravidez.

Acompanhamento

No Brasil, quando a importância do obstetra ainda não era muito difundida, sobretudo nas áreas carentes, o número de complicações na hora do parto, de mortalidade materna e de problemas com o feto era eram bastante comuns, tornando-se um caso de saúde pública. “Embora a proporção de mortes de mulheres vítimas de complicações durante a gravidez ou do parto tenha caído 43% entre 1990 e 2013 no Brasil, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estamos muito longe de atingir as metas do milênio, assumidas em 1990. Ainda morrem no país 69 mulheres a cada 100 mil partos. Pelas metas da OMS, este número não poderia ultrapassar 30 mulheres”, explica o ginecologista responsável pela área de Reprodução Humana da Criogênesis, Dr. Renato de Oliveira.

Segundo ele, o médico obstetra tem papel fundamental durante o acompanhamento da gestação, pois é ele quem irá avaliar quais são os cuidados a serem tomados com a paciente e seu bebê no pré-natal, durante e no pós-parto.

São as consultas e exames realizados regularmente por este profissional que proporcionam à grávida uma previsão de como acontecerá o nascimento, os riscos da gravidez e o desenvolvimento fetal.  “As consultas com o especialista devem acontecer, de um modo geral, a cada 28 dias até 28 semanas, quinzenalmente até 35 semanas e semanalmente até o parto. Porém, cada caso deverá ser avaliado pelo médico. No momento de dar à luz, o obstetra estará junto à grávida, a fim de realizar todos os procedimentos necessários para um parto com o mínimo de riscos para a mãe e o para o bebê”, explica.

Também é essencial que a paciente e o médico desenvolvam um relacionamento de confiança e muito diálogo, no qual se avalia os riscos durante todo o período de gestação, parto e puerpério, como ressalta Dr.

Renato. “No momento de definir o profissional, procure referências com amigos, familiares ou conhecidos. A empatia e a confiança nas recomendações do obstetra são fundamentais para um bom pré-natal”, destaca o especialista.

Fonte: Mundo Positivo