Pesquisador da Embrapa de Roraima recebe prêmio nacional por seu trabalho

O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Roraima, Vicente Gianluppi, recebeu no dia 25 do mês passado, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília, o Prêmio Cindra de Desenvolvimento Regional 2014 – Medalha “Celso Furtado”. A homenagem foi prestada devido às pesquisas e trabalhos realizados na produção de soja em Roraima.
O prêmio é uma iniciativa da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (Cindra), que homenageia pessoas físicas e jurídicas da esfera privada e órgãos, além de agentes da administração pública que se destacam pela contribuição ao desenvolvimento regional.
O homenageado da segunda edição do evento foi o doutor em economia Celso Furtado, que foi membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Brasileira de Ciências. Também foi ministro da Cultura e do Planejamento, além de ter contribuído para estudos de políticas de desenvolvimento econômico sobre o Brasil e América Latina. 
Gianluppi destacou que esta é a segunda edição do evento e também a primeira vez que o Estado de Roraima é homenageado. “Apenas grandes personalidades do desenvolvimento econômico participaram do evento. Me sinto orgulhoso de ter trazido esta medalha para Roraima, considero isto uma conquista de todos que participaram nos trabalhos e pesquisas”, disse.  
Vicente Gianluppi é pesquisador da Embrapa Roraima há 34 anos e um dos pioneiros no trabalho de melhoramento genético da soja na região Norte. Ele destacou que o grão é um importante aliado para o desenvolvimento da economia local.
“Acredito que daqui a quatro anos a produção de soja irá alavancar a economia do Estado. Ainda não atingimos este patamar porque atualmente não produzimos em larga escala, e isso acaba dificultando a logística”, explicou.
Para Gianluppi, são necessários investimentos na produção de soja. Ele frisou que o governo precisa acordar e perceber que a produção agrícola é a chave para o crescimento do Estado. “Com produções em larga escala, são gerados mais empregos. Temos que nos livrar do estereótipo de que Roraima depende do contracheque do servidor público para se manter. Os concursos serão cada vez mais raros e a solução são as vagas geradas pela iniciativa privada”, disse. (I.S)