Cotidiano

Ambulâncias quebradas dificultam atendimentos a pacientes do interior

Veículos estão parados por falta de manutenção, peças e até mesmo de emplacamento

Representantes do Sindicato dos Motoristas e Condutores de Ambulância do Estado de Roraima (Sindmcaerr) procuraram a Folha para denunciar a falta de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em vários municípios do interior do Estado.

Conforme o presidente do Sindicato, Robson Avelino, em Caracaraí, na região Centro-Sul, a ambulância foi cedida pelo município para atuar no Hospital Irmã Aquilina. Contudo, a falta de manutenção do veículo está colocando em risco a vida de quem utiliza a ambulância. “Em Caracaraí, o [carro do] Samu está na oficina, não tinha a ferramenta necessária e pediram de fora. Chegou a peça, mas é errada. Por isso a demora também”, disse.

Pneus carecas, farol quebrado e a falta de ventilador no espaço onde fica o paciente foram outros destacados pelo presidente. Os problemas foram constatados há três meses e, segundo ele, nada foi feito. “Uma ambulância quebra e eles não conseguem consertar. Todo mês vem recursos federais destinados ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência”, frisou.

Segundo Avelino, os problemas também ocorrem em Amajari e Pacaraima, na região Norte, além de Mucajaí, região Centro-Oeste, e Iracema, no Centro-Sul do Estado. “Não tem ambulância, estão removendo [os pacientes] com carro pequeno. Em Pacaraima tem duas ambulâncias, uma da central de regulação e uma nova, que não está rodando porque não fizeram o emplacamento”, relatou.

Até mesmo a Capital, Boa Vista, tem sofrido com a falta de veículos para remoção de pacientes. “Aqui em Boa Vista era para ter quatro ambulâncias funcionando, mas só tem duas. Isso ocorre por conta da falta de manutenção. Uma ambulância quebra e eles não conseguem consertar”, contou.

Em situação parecida estão os moradores de São Luiz do Anauá, que há dois anos estão sem ambulância. “Nada foi feito e o recurso continua vindo. Responsabilidade do Estado que deve fazer a fiscalização. Solicitaram a regulação, com um documento informando a quantidade de ambulâncias que estão paradas. Todo dia pela manhã é por obrigação todos os municípios ligarem pra regulação e dizer se o veículo está apto para o serviço ou quebrado”, explicou.

OUTRO LADO – Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) esclareceu que já está adotando providências para solucionar o problema encontrado por alguns municípios na remoção de pacientes. “O Governo do Estado vai disponibilizar uma ambulância nova em cada município, pois os veículos disponíveis são muito antigos, dificultando sua manutenção. O processo de licitação está em andamento e a Sesau está empenhada para concluir os trâmites burocráticos com agilidade para que estes veículos sejam disponibilizados o quanto antes para a população”, informou. (L.G.C)