Uma empresa privada irá gerir, por 25 anos, as ações de mobilidade urbana, organização e fiscalização do trânsito, segurança pública, rede de multisserviços e sistema de informação ao cidadão em Boa Vista. Ao custo de R$ 260 milhões, a parceria público-privada será firmada pela Prefeitura de Boa Vista (PMDB) e implantada até o final de 2017.
Segundo o presidente do conselho gestor de Parceria público-privada, Leonardo Paradela, a iniciativa permite ao poder público conceder serviços e obras sem condições de serem executadas com recursos próprios.
“Não haverá aporte de recursos do Município na instalação de todos os tipos de equipamentos que serão necessários, como centros de controle de operações e redes de fibra ótica. Todo o custo será transferido ao parceiro privado”, explicou.
O Projeto Cidade Inteligente incluiu a construção de um Centro de Controle de Operações (CCO), de onde será feito todo o monitoramento de diversos pontos da cidade por meio de câmeras interligadas aos radares. Serão utilizados equipamentos de última geração com proteção contra umidade e poeira, funcionalidades com zoom e rotação com comando à distância via CCO.
Também será feito o monitoramento de vias, praças, terminais e terminais de ônibus, prédios públicos e outros. Rede multisserviços (fibra ótica), para interconexão de todos os equipamentos, garantindo o recebimento de imagens em alta definição e tempo real. “Isso vai permitir que tenhamos uma multiplicidade de serviços que hoje não dispomos relacionados à rede de fibra ótica implementada para viabilizar o centro de controle de informações, além de ter mecanismos de políticas de segurança que nos permitam monitorar não apenas a fluência do tráfego, como a mobilidade de veículos pela cidade como um todo”, destacou.
ZONA AZUL – O projeto prevê a restauração da Zona Azul, que faz o controle de vagas por meio do estacionamento rotativo principalmente no Centro de Boa Vista. “É uma demanda antiga de reivindicações da área de comércio da Jaime Brasil, que tem sofrido com a ausência de uma administração mais efetiva da utilização do estacionamento. Isso tudo será administrado pelo parceiro privado com a supervisão da secretaria de segurança e trânsito”, explicou Paradela.
Segundo ele, a ideia é levar a Zona Azul para outros pontos estratégicos em Boa Vista. “Nesse primeiro momento, a implementação será na região do Centro, no entorno da Avenida Jaime Brasil. Durante o último ano, a equipe técnica monitorou por toda a cidade os pontos que demandariam a mobilidade urbana e estacionamento. E a ideia é que, tendo sido possível em um primeiro momento implementar na Jaime Brasil e sendo bem administrado, possamos ampliar a outras áreas da cidade”, frisou.
EMPRESA – Somente após a realização de estudos técnicos, o Município irá abrir licitação para a contratação da empresa que irá gerir os serviços. “Durante o período do edital iremos receber habilitações de empresas interessadas em receber a concessão do Município e nessa licitação irá vencer a empresa que oferecer a melhor condição e preço aos serviços que serão prestados”, disse Leonardo Paradela.
Conforme ele, o edital deve ser consolidado até o dia 24 de junho. “Será feito com eventuais colaborações oriundas de consulta pública e duraria o período tradicional de processo licitatório. A ideia de colocação de menor preço no mercado e temos como meta até o final do ano a empresa que vença comece a executar as primeiras etapas do serviço”, pontuou.
APLICATIVO – Para a população será disponibilizado um aplicativo para smartphones e tablets no qual poderão ser obtidas informações através de leituras de placas e do processamento de dados das vias. O Centro de Controle de Operações enviará as informações para os painéis de mensagem variável, alcançando os motoristas ao longo de seu trajeto, dando opções de percurso no menor tempo possível e outras informações pertinentes.
CIDADE INTELIGENTE – Cidades Inteligentes são projetos nos qual determinado espaço urbano é palco de experiências de uso intensivo de tecnologias da comunicação e informação, sensíveis ao contexto de gestão urbana e ação social dirigidos por dados. O conceito se define pelo uso de tecnologias para melhorar a infraestrutura urbana e tornar os centros urbanos mais eficientes e melhores de se viver.
CONSULTA PÚBLICA – O material elaborado por meio de um estudo feito em parceria com as secretarias municipais de Obras, Segurança Urbana e Trânsito e Inclusão Digital, teve início em março de 2016 e todos os elementos que embasaram o estudo, ficarão disponíveis para consulta pública no portal da prefeitura www.boavista.rr.gov.br/editais pelo período de 30 dias.