Após ser alvo de reclamações por parte de frequentadores da Praça do Coreto, localizada na Praça do Centro Cívico Joaquim Nabuco, a Prefeitura de Boa Vista decidiu demolir um conjunto de quiosques que estava abandonado desde a reinauguração do local, em dezembro do ano passado.
O local, que antigamente era utilizado por pequenos comerciantes do segmento de revelação rápida de fotografia 3×4, servia de abrigo para usuários de drogas e imigrantes venezuelanos. Segundo pessoas ouvidas pela Folha, a demolição do quiosque iniciouna semana passada. Até o último sábado, 27, ainda era possível ver as paredes do local, que já se encontrava sem as telhas, janelas e portas.
Em nota, a Prefeitura de Boa Vista informou que a demolição dos quiosques já estava prevista, “uma vez que faz parte da segunda etapa de revitalização do local sendo que os quiosques não passaram por nenhum tipo de intervenção na primeira etapa de revitalização da Praça do Centro Cívico”.
Já em relação aos comerciantes que anteriormente utilizavam o espaço, a nota destacou que os mesmo já foram alocados em outro espaço, “pois não faz parte do contexto urbano das praças a comercialização de serviços que não sejam da área gastronômica, a exemplo do que acontece nos espaços públicos já revitalizados pela prefeitura”. É o caso da Praça dos Bambus e da Bandeira.
A demolição do espaço divide opiniões dos frequentadores da Praça do Coreto. Para alguns, por conta do mau aproveitamento do ambiente, a Prefeitura acabou tomando a medida correta.
“Eu dou razão para a Prefeitura, uma vez que aquilo lá só estava atraindo usuário de drogas. A Praça infelizmente deixou de ser um atrativo para as famílias, depois que muitos deles passaram a utilizar aquele espaço para se entorpecer. Acho que já estava na hora de dar um basta naquilo”, comentou o estudante universitário Genésio Ribeiro, 23 anos.
Já para outras pessoas, independente da demolição do local, a situação requer um pouco mais de empenho por parte das autoridades locais, visto que a medida não resolve o problema da presença dos viciados no local. “Infelizmente não resolve, pois eles ainda continuam por aqui. A situação só vai mudar quando o poder público começar a trabalhar na prevenção contra as drogas ou passar a investir mais na presença de policiamento, o que pode fazer com que eles fiquem receosos em voltar para cá”, destacou Indira Garcia, de 35 anos. (M.L)