Cotidiano

Taxistas convencionais e de lotação cruzam os braços hoje

Marcado para as 8 horas, a paralisação é um protesto contra a atuação de aplicativos de transportes não regulamentados na capital

Motoristas de táxis convencionais e de lotação de Boa Vista vão paralisar as atividades na manhã de hoje, 26, em protesto contra a atuação de aplicativos de transportes não regulamentados, como o Uber. O anúncio da manifestação foi feito pelo presidente do Sindicato dos Taxistas de Roraima (SINTACAVER-RR), Marino Jorge.

Conforme o sindicalista, a paralisação deverá iniciar a partir das 8 horas. Com isso, os usuários que dependem dos serviços de lotação e táxi convencional vão ter muita dificuldade para honrar os compromissos do início da semana. “Vale destacar que não somos contra a população possuir outra opção de transporte. Muito pelo contrário, é até salutar que tenhamos mais opções. O que o sindicato não aceita é essa diferenciação por parte da Prefeitura [de Boa Vista]”, afirmou.

À Folha, Jorge explicou que desde à tarde da última quarta-feira, 21, data que marcou o início da operação do aplicativo, a Prefeitura de Boa Vista ainda não deu nenhum esclarecimento à entidade sobre a legalidade do serviço na capital, gerando revolta em grande parte da categoria. “Somos prestadores de um serviço público e, mesmo diante das dificuldades, realizamos um trabalho de qualidade e com respeito aos usuários. São pais de família que exercem a função para garantir o sustento de suas famílias e por esse motivo merecem ser respeitados pelo poder público”, frisou.  

Com o protesto, Marino Jorge espera fazer com que administração municipal chegue a um entendimento com o sindicato sobre a atuação do serviço, que já tem causado efeitos negativos na categoria. “A Prefeitura tem que nos dizer se há uma legalidade ou não nesse tipo de serviço. Se é legal, tudo certo, mas a empresa também deve ser cobrada da mesma maneira que ocorre com os taxistas, com documentação de funcionamento e capacitação, assim como nós somos”, pontuou.

PREFEITURA – A Folha procurou a Prefeitura de Boa Vista, mas até o fechamento da reportagem, às 19 horas, não obteve resposta. A reportagem também tentou contato com a empresa Uber e também não teve retorno. (M.L)