Política

Chico Rodrigues assina decreto de transição faltando 20 dias para sair

Com oficialização do processo de transição de governos equipes passarão a ter reuniões diárias para analisar relatórios

O decreto que oficializa o processo de transição entre os governos foi assinado na manhã de ontem pelo governador Chico Rodrigues (PSB), durante coletiva à imprensa, quando foram entregues relatórios situacionais, em meio físico e digital, elaborados por todas as unidades orçamentárias do Estado. Com o ato, as equipes indicadas pela atual e a futura gestão passam a se reunir diariamente, a princípio, na sede da Secretaria Estadual de Planejamento, para analisar as informações consolidadas.
Chico justificou o atraso para a assinatura do decreto e disse que, embora de maneira oficiosa, o processo de transição já vinha sendo realizado, com a colaboração de membros do governo. Ele citou a situação da Saúde e disse que as informações vinham sendo repassadas de modo a contribuir para o bom andamento do sistema. “Não sei se os relatórios estão a contento, mas as informações estão abertas e claras”, disse.
O governador indicou para representar a sua gestão o secretário de Planejamento, Sérgio Pillon; a secretária da Fazenda, Edina Gomes; a controladora-geral do Estado, Maria Perpétua Socorro Magalhães; a secretária de Administração, Gerlane Baccarin; o chefe da Casa Civil, Manoel Leocádio de Menezes; e o procurador-geral do Estado, Tyrone Mourão.
A governadora eleita Suely Campos (PP), por sua vez, indicou o ex-governador Neudo Campos (PP), o vereador Paulo Linhares (PP), Frederico Linhares, Leonardo Dantas, Frederico Leite e Josué Santos Filhos. Uma síntese de todas as informações deve ser encaminhada a futura gestão em até cinco dias úteis.
As informações dizem respeito basicamente a 24 secretarias de Estado, incluindo a Casa Civil e a Casa Militar. Além disso, tem 15 unidades da administração indireta entre institutos, agências, universidades, companhias, entre outros. Não constam na lista de relatórios situacionais as secretarias extraordinárias e nem a Agência Reguladora de Serviços Terceirizados, criada no início deste ano pelo então governador Anchieta Júnior (PSDB).
Representante da governadora na reunião, Frederico Linhares, adiantou que, a partir de agora, as reuniões não serão apenas para a análise da documentação entregue, mas também para que os membros da atual gestão possam tirar dúvidas que venham a surgir, repassar novas informações, principalmente de cunho financeiro, como dados relacionados à dívida interna e externa do Estado.
“O grande diferencial a partir da oficialização vai ser esse”, disse ao destacar que a equipe composta por Suely Campos é bem maior que os seis que constam no decreto, alguns desses membros, inclusive, aguardavam ontem para uma grande reunião que seria realizada após a coletiva. Uma recomendação do Tribunal de Contas do Estado prevê que o decreto nomeie apenas seis pessoas.
O repasse de um consolidado dessas informações sobre a real situação financeira do Estado, conforme Frederico deve ser divulgado à imprensa, apenas ao final dos trabalhos, próximo ao final do ano, provavelmente no dia 30.