De um lado, um chapéu pralana, uma bombacha, um poncho. Do outro, um cocar, uma darruana e um pedaço de beiju. Tudo isso está na Galeria de Artes Luiz Canará, representando itens culturais tão distantes uns dos outros que se aproximam e dão boas vindas aos visitantes do 26º Arraial do Anauá – Do Caburaí ao Chuí: O melhor arraial do Brasil é aqui.
A Galeria fica anexa ao anfiteatro do Parque Anauá, onde estão ocorrendo as apresentações das quadrilhas e grupos folclóricos. Lado a lado, a casa gaúcha e a maloca indígena cumprem à risca o tema da festa, que aborda os pontos extremos do Brasil.
Segundo Cecy Brasil, responsável pelo memorial da Galeria de Artes, a proposta é, além de valorizar a cultura indígena e gaúcha, mostrar também a geografia, abordando os pontos mais extremos do País, uma vez que o Caburaí passou a ser o mais extremo do Norte desde 2002 e, ainda assim, a população continua confundindo com o Oiapoque.
O mineiro Renieverton Telles, 25, foi atraído justamente pela diversidade apresentada pela exposição. “Estou em Roraima pela primeira vez e gostei muito desse espaço, pois proporciona conhecermos não só a cultura indígena, tradicional na Região Norte, como também a cultura gaúcha em outra localidade, isso é muito importante”, comentou.
PROGRAMAÇÃO – Além da exposição, o Parque Anauá está repleto de apresentações musicais e culturais. Entre às 17h e às 22h, A Tenda Literária terá show do Palhaço Grampinho, atividades de pintura, leitura, contação de histórias e um sorteio literário.
As apresentações das quadrilhas juninas começam às 19h com a Rede Cidadania Atenção Especial, com o tema “Uma noite especial de São João”. Depois segue o concurso com as apresentações das quadrilhas Luar do Sertão, São Vicente, Garranxé e Quadrilha Escola Forrozão.
No palco alternativo se apresenta o Grupo Forrozão Pizada Quente e no Forródromo tem as Bandas Sabá do Kateretê, às 22h, e Arikê à 00h.