As amígdalas e as adenoides, conhecidas popularmente como “carne esponjosa”, são constituídas de tecidos linfoides localizados na boca e nariz. Sua principal função na primeira fase da vida é produzir anticorpos para proteger o organismo contra doenças transmitidas pelo ar. Porém não são todas as vezes que elas conseguem fazer esse papel.
Segundo o otorrinolaringologista Mauro Schimitz, a hipertrofia adenoamigdaliana pode ocorrer entre os três e oito anos de idade e pode apresentar casos de obstrução nasal, respiração ruidosa e ofegante durante o sono e garganta inflamada.
“As amígdalas ajudam a defesa da rinofaringe, porém, às vezes podem mais atrapalhar do que ajudar, nesse caso é indicado a cirurgia, esse tecido é muito grande nas crianças, mas a medida que elas vão crescendo, esse tecido tem a tendência de diminuir o tamanho”, completou o médico.
Comum durante o início e o meio da infância, o aumento fisiológico das amígdalas e das adenoides, quando excessivo, pode ocasionar obstrução respiratória, com repercussão na qualidade do sono, alimentação e até mesmo provocando alterações no desenvolvimento da criança.
“O tecido cresce na rinofaringe que são as adenoides, são muito comuns em crianças e podem provocar dificuldades na respiração, repercutindo na audição, infecções de ouvido e até mesmo na perda temporária de audição. Existe o tratamento clínico, em algumas das vezes é indicada cirurgia”, explicou especialista.
O otorrinolaringologista poderá diagnosticar se o aumento exagerado destes tecidos acontece em razão de infecções virais, fúngicas ou bacterianas. “O especialista poderá examinar e avaliar o grau de dificuldade do tratamento”, explica.
O tratamento pode ser realizado com o uso de antibióticos e em casos mais sérios o especialista pode indicar uma cirurgia para a remoção, técnica muito comum na infância e que quando realizada adequadamente não traz nenhum prejuízo ao sistema imunológico da criança.