Cotidiano

Valor da cesta básica caiu 6,3% em junho na Capital

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) informou que o valor da cesta básica em Boa Vista no mês de junho é de R$ 384. Comparando com o mesmo período do ano passado, houve uma queda de 6,3% no preço dos alimentos que integram a cesta básica.

Apesar da queda registrada, Boa Vista continua contendo uma das cestas básicas mais caras da Região Norte. No ranking, a Capital ocupa a segunda posição, ficando atrás apenas de Belém (PA), com o preço de R$ 393. Com relação às demais capitais, Boa Vista alcançou a 14ª posição.

De acordo com o Dieese, dos 12 produtos que compõem a cesta básica, dez deles apresentaram queda no seu preço médio no mês de junho. O maior destaque vai para o preço do óleo, que caiu 7,45%, e o do tomate, com queda de 5,57%.

Contudo, dois produtos apresentaram elevação nos preços. A maior diferença foi para o feijão carioquinha, que aumentou 15,55%. Segundo o Dieese, a subida deve-se a baixa oferta de grãos de qualidade, provocado pelo excesso de chuva na Região Sul do País. Outro produto que teve alta foi a manteiga, com elevação de 1,13%.

O Dieese reforçou, no entanto, que apesar de ter ocorrido um aumento no preço do feijão no mês de junho, foi observada uma queda de mais de 40% no preço do produtoquando comparado com o mesmo mês do ano passado. Em junho de 2016, o preço médio era de R$ 9,64 por quilo e,neste ano, o preço médio ficou em R$ 5,73 por quilo.

CONSUMIDOR – No entanto, mesmo com a diminuição de valores, os consumidores não sentiram a diferença no bolso. “Para mim, continua o mesmo preço. A gente gasta em média R$ 400, para uma casa de cinco pessoas, isso sem comprar carne”, disse a professora Rejane Messias.

A educadora afirmou que, para conseguir economizar, opta por realizar compras fora do Centro da cidade. “Eu procuro comprar longe dos supermercados de grande porte e atacadistas. Prefiro os comércios de bairro. “Eu moro no Sílvio Leite e sai muito mais vantajoso para mim comprar no meu próprio bairro eeu vejo muita gente que também faz isso. Até aqueles que não moram perto. Preferem sair de casa para ir comprar mais longe. Os valores dos produtos são bem menores”, justificou.

NO COMÉRCIO – O gerente de um supermercado localizado no Centro da Capital, Antônio Demétrio, informou que recebeu reclamação do preço dos produtos dos clientes e, que mesmo assim, o comércio tem registrado um aumento da porcentagem de vendas mensal. “A cada mês, cresce cerca de 5% o valor por cada setor, principalmente na área de hortifruti, açougue e padaria”, comentou.

Esse crescimento, segundo Demétrio, se dá pela qualidade do produto oferecido. “Nós temos essa preocupação de sempre fornecer o que tem de melhor para o nosso cliente e sempre melhorar”, explicou. Outra medida também adotada pela gerência é a promoção semanal e a propaganda nas ruas da cidade e nas redes sociais. “A gente busca entregar panfletos nos semáforos nos locais perto do supermercado, no período da manhã e tarde, se não estiver chovendo”, afirmou. (P.C)