Cotidiano

Guardas municipais de Boa Vista passam a utilizar armas de fogo

Cerca de 120 agentes treinados farão uso das pistolas 380, revólveres calibre 38 e espingardas calibre 12

Cerca de 120 dos 366 guardas civis municipais que atuam em Boa Vista já estão utilizando armas de fogo para reforçar a segurança na Capital. A concessão dos portes de arma e a entrega dos armamentos, que serão utilizados em serviço e para proteção pessoal, ocorreu ontem, 18, em solenidade no auditório do Palácio 9 de Julho.

O porte de armas foi concedido após o cumprimento de um plano de metas entre a Prefeitura de Boa Vista e a Polícia Federal, que é o órgão que autoriza a utilização de armas letais. Os agentes passaram por um Curso de Capacitação Técnica para Manuseio de Armas de Fogo de Repetição e Semiautomática. Eles farão uso das pistolas 380, revólveres calibre 38 e espingardas calibre 12.

Segundo o secretário municipal de Segurança Urbana e Trânsito, coronel Raimundo Barros, o trabalho de concessão do porte de arma aos guardas municipais iniciou há dois anos. “Inicialmente fizemos o convênio com a PF para se chegar a essa finalidade. Em seguida, passamos pela regulamentação e a utilização e, por último, passamos para o treinamento teórico e prático”, explicou.O investimento total para a capacitação e compra dos armamentos foi de R$ 1,3 milhão oriundos de recursos federais.

Após realizarem treinamentos, os guardas civis deveriam passaram por avaliações psicológicas e investigação social para avaliar se estavam aptos a utilizarem armas letais. Também foi criada uma Corregedoria e uma Ouvidoria pela Guarda Civil Municipal, onde serão apuradas as possíveis denúncias contra os agentes. “O nível de violência é alto hoje e o uso da arma de fogo irá colocar os guardas na condição de uso do último estágio da força, que é a arma letal. Consideramos que estamos contribuindo para a segurança do município e da população em geral”, afirmou o secretário.

CAPACITAÇÃO – Conforme o superintendente da Guarda Civil Municipal, Murilo Santos, a capacitação foi fundamental para elevar o nível técnico, operacional e tático dos agentes. Além das armas letais, foram entregues as menos letais, como bombas de efeito moral, armas de choque (taser) e lançador de granadas.

Para a capacitação em uso de armas de fogo, os GCMs tiveram também aulas de legislação, direitos humanos, cidadania e classificação de armamento. Em 2016, um grupo de GCMs participou do Curso de Armeiros com o 1º Batalhão Logístico de Selva (1º Balog) do Exército Brasileiro, para serem os responsáveis pela manutenção e armazenamento das armas.

“É uma luta que estamos travando desde janeiro de 2016. Precisávamos cumprir várias exigências, como sermos aprovados em exames psicotécnicos, passar por avaliação, fazer curso de 160 horas na academia, investigação social e hoje estamos tendo a satisfação de sermos agraciados com a liberação do porte de arma pela Polícia Federal”, frisou. (L.G.C)